“Fuck the system and create your own!”

Sabes a famosa crise de meia-idade? Pois então agora tenta imaginar isso, mas em crise de um quarto de idade. Oh Hell!, protagonizada por Mala Emde, conhecida pelo seu papel em Charité, segue a vida de Helene, uma jovem de 24 anos, que parece estar um pouco sem rumo, tendo perdido o trabalho e não encaixando na “perfeição do Instagram”.

Os 23 minutos que constituem este episódio dão-nos a conhecer Helene, Hell para os amigos, e como a sua vida é tudo menos perfeita, principalmente se compararmos com a da “amiga” Maike, uma influencer com 224 mil seguidores no Instagram (+ 50 mil) cujo acne tem melhor ar do que a cara de Hell (palavras da própria).

O episódio tem um ritmo muito rápido e a protagonista também não fala nada devagar. Por vezes, a própria faz comentários sobre o que está a acontecer, dando informações (ir)relevantes para o telespectador. Este aspeto tanto pode ser um ponto bom, como mau, principalmente por ser uma série de língua alemã, que nem toda a gente domina, obrigando o espectador a concentrar-se nas legendas quando a protagonista decide falar sem parar.

Um dos pontos bastante positivos do episódio é a cinematografia e as cores. O amarelo e o azul fortes estão muito presentes em todo o episódio e isso ajuda a criar o ambiente para a história desta rapariga que parece viver num mundo meio à parte. O desempenho de Mala Emde também é irrepreensível, conseguindo dar à personagem a força e a peculiaridade que a personagem pede.

California não é um piloto que vai ficar para a história, mas Helene e as suas imperfeições, assim como o final do episódio, parecem dar umas dicas de como a história se irá desenvolver e isso é o suficiente para fazer querer continuar a ver mais outro e outro capítulo de Oh Hell!, de seis episódios, em que um até se intitula Portugal.

Por cá, a série está disponível na HBO Max.