Blindspot – 03×05 – This Profound Legacy
| 04 Dez, 2017

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Nesta semana, Jane tenta lidar com a descoberta da filha, enquanto a equipa tem um caso nas mãos que pode ser uma bomba relógio na política mundial e lida com a possibilidade de haver um espião entre eles.

Zapata não perde muito tempo até confrontar Reade sobre o seu encontro na noite anterior e o facto de este lhe ter mentido sobre onde estava, mas claro que a reação dele é de não mostrar o jogo e refugiar-se por detrás da sua posição de poder. Patterson consegue conectar uma série de números que Jane tem nas costas com uma caixa que contém provas de algum caso da polícia. Quando tentam encontrar esta e descobrir o que está lá dentro, chegam mesmo a tempo de conter um incêndio posto. O facto de o conteúdo da caixa ser importante o suficiente para se organizar um ataque sincronizado a três armazéns de provas é o primeiro indício de que este caso iria ser de alto perfil.

A caixa continha kits de violação por testar que aparentemente tinham uma ordem de prioridade muito, muito baixa e recentemente tinha passado uma ordem para aumentar os fundos para estes testes. Se é verdade que estas coisas têm uma prioridade bastante baixa é algo um pouco assustador. Através do incendiário capturado conseguem descobrir que o kit de violação que lhes interessava era o que pertencia a Yasmine, que teve um filho proveniente da violação e que seria o herdeiro legítimo ao trono do Kazahrusian. Violações, assassinos e tronos, este episódio podia ter sido produzido pela HBO!

Uma cara já conhecida, mas nada amigável, é Weitz que, devido às ligações internacionais, precisa de fazer parte deste caso e começa rapidamente a antagonizar a equipa, que lhe responde na mesma moeda. Graças ao coração mole de Vanya, que envia uma mensagem à namorada, Patterson e os assassinos contratados pelo irmão do recém-falecido rei conseguem encontrá-lo, mas a equipa do FBI chega primeiro e consegue resgatar Vanya e a mãe Yasmine, que estava a precisar de cuidados médicos urgentes. No hospital existe um último confronto, em que Jane e Weller ficam quase por conta própria a proteger Yasmine e Vanya. Já a salvo, Vanya toma uma decisão de louvar e decide ir para o seu país de origem, mesmo sabendo o que o seu pai fez, mas quer ir fazer algo de bom.

Como as intrigas não acabam por aqui, Zapata lança uma armadilha para um possível espião no FBI, uma prova que não deu em nada, cataloga como importante e controla para ver o que acontece. A surpresa não é nada agradável, uma vez que as interferências têm sido registadas com o número de Reade, mas Patterson e Zapata acabam por conseguir perceber que os registos têm sido feitos a horas a que Reade não estava no escritório, apontando tudo para Hirst. Ou seja, para haver um espião dentro da equipa que seja alguém com o qual não temos afinidade ou história nenhuma.

Jane tenta também lidar com as mais recentes informações sobre a filha e, no meio das provocações de Roman, saber que lutou pela filha, mas não tanto como poderia, e sempre com o apoio de Kurt ao seu lado, toma uma decisão. Esta é que quer encontrá-la.

Esta semana achei que o caso não teve tanto interesse como costuma ter, se bem que Yasmine e Vanya são sem dúvida duas personagens bastante interessante e bem criadas. Ao nível das intrigas intra-grupais continua envolvente e com um ritmo de cortar a respiração. É impressionante como Jane é uma personagem tão bem criada a quem conseguem sempre acrescentar e mistificar o passado para continuarmos a ter esperança de descobrir mais, sem nunca se tornar repetitivo ou rotineiro. Excelente o trabalho de Martin Gero (criador) e de Jaimie Alexander.

Raul Araújo

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