Legends of Tomorrow – 01×12 – Last Refuge
| 24 Abr, 2016

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Last Refuge é uma confusão total, no entanto, um bom episódio. Os Time Masters enviaram outro assassino atrás da tripulação da Waverider, The Pilgrim, uma personagem com uma insensibilidade fria e metódica, tornando Faye Kingslee uma adição muito positiva para o episódio. Matar os “eus” mais jovens dos nossos Legends era o que se pedia. Este episódio é caracterizado por confusas e flexíveis regras de viagens no tempo, algo que parece que se agrava a cada semana. No entanto, a pergunta que se coloca é a seguinte: se tivesses um TARDIS como é que pararias um Terminator? Se não sabes, Ray Palmer deixa uma dica: “come with me if you want to live”.

A força policial dos Time Masters precisa de uma grande reformulação. Até agora, vimos o Time Masters Council enviar caçadores de recompensa em três ocasiões diferentes contra a tripulação da Waverider e todos eles falharam redondamente. Cada um mais forte que o seu sucessor, mas todos eles caíram, de forma relativamente fácil, aos pés dos nossos heróis.

A introdução de Pilgrim foi uma boa adição, que desejo que não tenha terminado com este episódio. Um problema dos produtores e guionistas desta série, mas também de Flash e Arrow, é a maneira fácil como matam alguns vilões, em vez de lhes darem um arco maior na série. A única verdadeira resistência para os nossos Legends é Vandal Savage, mas este apresenta ainda muitas falhas na sua caracterização.

Apesar do desfecho desta assassina, The Pilgrim mostrou ser uma personagem consistente, calculista, fria e metódica. Pilgrim consegue atirar com precisão, lutar corpo a corpo, controlar o tempo no instante imediato ao seu redor e não tem problema algum em matar crianças ou mesmo recém-nascidos. Kingslee trouxe a incarnação de Terminator a Legends of Tomorrow. Trouxe algo ainda não visto na série em termos de realização. Ao invés de lutas dinâmicas, tivemos uma variedade de feixes coloridos congelados no tempo, com a câmara a mover-se em círculos. Um toque diferente e agradável.

A narrativa do episódio deu uma visão e desenvolvimento a personagens que não se tinha ainda visto. Jackson, Mick e Rip tiveram tempo para refletir sobre o seu eu mais jovem, antes de se tornarem os homens que são agora. Compreendemos a personalidade dura e áspera de Mick, que carrega sobre os ombros toda a culpa por ter morto a sua família, o que o motiva a decidir-se pelo mundo do crime. No final do episódio, Mick alivia esse sentimento de culpa ao aconselhar o seu eu mais jovem a não se culpabilizar tanto pelo incêndio que matou os pais. Claramente Mick está a evoluir para algo que representa um herói.

O momento com Jackson e o seu pai foi comovente e deu-nos uma ideia melhor do que move esta metade do Firestorm. O seu passado foi apenas brevemente mencionado em Flash e no piloto de Legends of Tomorrow. E Jackson sempre foi o personagem com menor quantidade de tempo dedicado ao seu crescimento. Para tentar alterar o passado, Jackson avisa o pai sobre o dia em que irá (poderá) morrer. Mas se o passado for alterado e o pai dele sobreviver, Jackson irá continuar a ser a metade de Firestorm? Que impacto é que esta interação terá para o futuro? Acho que ninguém sabe, nem mesmo os argumentistas, uma vez que constantemente alteram as regras das viagens no tempo.

O triângulo amoroso Ray/Kendra/Carter continua para nos atormentar. Num momento de desespero, Kendra confessa o seu amor, levando Ray a propor-se a ela. Quando a equipa tem que salvar os seus entes queridos de serem mortos por Pilgrim, vemos Ray trazer a sua falecida noiva, Anna, a bordo da nave para protegê-la. Ao contrário de Jackson, Ray não diz ou faz nada para mudar o passado de Anna. Não nos esqueçamos que foi a sua morte que motivou Ray a tornar-se o Atom. Aqui estava a oportunidade de Ray salvar o seu primeiro amor, mas parece que isso não lhe passou pela cabeça.

Foi também agradável ver um bocado do passado de Sara. A sua personagem tem tido o maior crescimento da temporada, desde a luta contra a sede de sangue ao desejo de se juntar à League of Assassins. Este episódio focou-se brevemente na relação entre Sara e o seu pai, o Detetive Lance (estranho vê-lo de cabelo). Podemos ver o quanto Sara cresceu como personagem ao longo do tempo, desde os tempos de rapariga rebelde e problemática até ao presente.

Previsivelmente, todos os planos de Rip caíram novamente por terra e a equipa tem de tomar medidas desesperadas para parar Savage. Eles devem matá-lo para poderem devolver os seus eus jovens/entes queridos à linha temporal correta ou então o pior poderá acontecer.

Considerações rápidas:

  • Rip Hunter era um badass na juventude.
  • A interação entre Rory e Sara (os seus eus jovens) foi muito divertida.
  • As regras nas quais as viagens no tempo se baseiam, para a série, são demasiado complicadas e confusas (já desisti de perceber).
  • Stein começa a ver o seu passado cair no esquecimento, com graves implicações.
  • O bebé Snart é fofinho com umas lindas bochechas (by Sara).

Fernando Augusto

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