The Gifted – 01×07 – eXtreme measures
| 17 Nov, 2017

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[Contém spoilers]

Dá-me sorte Santa Muerte

The Gifted segue esta semana com uma melhoria em relação à semana passada, entregando um episódio envolvente e dramático. Apesar disso, a série parece estagnada e perdeu bastante do ímpeto inicial.

O episódio girou basicamente à volta dos dramas amorosos das diferentes personagens, com mais sucessos num do que noutros. Por um lado esta é uma maneira de nos envolvermos mais com as personagens e percebermos as suas motivações emocionais, na outra face da moeda, porém, está que muito romance começa a parecer mais uma novela do que outra coisa.

Lorna e Marcos são uma das melhores coisas da série por diversas razões, sendo a sua relação um importante ponto positivo. Carmen vem pôr essa relação em perigo e os produtores põem um dos seus trunfos na balança ao avançarem para este conflito. Grandes apostas podem ter grandes ganhos, mas também podem levar a grandes perdas. É claramente percetível que Carmen não precisa da ajuda de Marcos para nada – a missão para qual ela lhe pediu ajuda era facilmente realizada por uns capangas com lança-chamas, mas a jogada desta femme fatale é apenas tentar separar Eclipse da sua “rapariga magneto” para que este retome a sua fogosa relação com a mafiosa. Michelle Veintimilla encaixa-se bem no seu papel e faz-nos querer acompanhar o desenrolar desta trama. O olhar enlouquecido de Marcos consegue facilmente ser a melhor cena do episódio e diz-nos muito sobre a sua antiga maneira de ser, o que contrasta de forma ideal com a cena inicial do seu recrutamento para o Mutant Underground por Polaris e Thunderbird. A reação de Lorna a esta pequena “traição” é completamente adequada e verdadeira. E então o que falha? Em primeiro, a reação de Marcos ao ser apanhado esteve ligeiramente fora da personagem apaixonada que conhecemos, e depois fica uma sensação de que a linha condutora da história poderá ser trágica, mas no mau sentido. A falta de subtileza da coesão de história é um desses indícios – com Carmen a ser demasiado agressiva e transparente, assim como Lorna aparecer no exato instante em que Marcos parece mais comprometedor.

Outro caso para o gabinete do Dr. Paixão é o do trio amoroso entre Clarice, John e Dreamer. Faz todo o sentido a súbita atração de Clarice por John tendo a conta a forte memória que Dreamer implantou nela, mas a que se deve o súbito interesse de John? Parece despropositado e errado, algo que está a acontecer só para criar controvérsia e drama. Da mesma forma, se foi interessante a curiosidade de Blink em querer descobrir o sítio para o qual estava sempre a abrir um portal na altura do seu surto, no episódio 2, não se percebeu a razão de ela não se lembrar do local onde passou a infância. Porém, esta abordagem vem dar a Blink uma profundidade maior do que apenas os seus poderes e o forte impacto emocional da tragédia que ocorreu dá-lhe todas as razões para se juntar com motivação à resistência mutante.

No querido diário da família Strucker centramo-nos em Wes e na sua relação com Lauren. A semana passada esta personagem demonstrou potencial, mas foi lançada de repente para o meio do enredo sem quase nos dar tempo para sequer saber o seu nome. Os seus poderes continuam a mostrar-se impressionantes, assim como o seu passado e a sua fibra moral no final mostrou estar no sítio certo. O que saiu deslocado e exagerado foram as reações de Lauren e do seu pai Reed, ao descobrirem o passado criminoso do galante. Tudo bem que participou em assaltos e pior que isso escondeu a verdade ao entrar no Mutant Underground, mas já percebemos bem que a perseguição aos mutantes rouba muitas vias a estas pessoas, que acabam por fazer coisas que não querem só para sobreviver.

Neste episódio pudemos ainda mergulhar na personalidade de Dr. Campbell e aprendemos que para cumprir os objetivos ele é capaz de tudo. O uso dos Hounds (mutantes controlados pelos Sentinel Services) é uma perigosa arma a ser usada contra o Mutant Underground e estou curioso para saber como é que ele consegue controlar os mutantes e se os produtores irão seguir pela sua transformação no vilão Ahab como nos comics. Outro facto interessante é a revelação da relação entre os Sentinel Services e a Trask Industries. Se recordarem o papel de Peter Dinklage (Dr. Bolivar Trask) em X-Men: Days of Future Past deverão lembrar-se que Mystique o tenta assassinar por ele ser um dos principais responsáveis pela criação das Sentinels que levariam à extinção da espécie mutante. Claro que a série precisa, e deve, explorar as suas personagens e as relações delas, mas a história ganha mais quando se inclina para os acontecimentos que levam ao futuro distópico de Days of Future Past do que quando enrola em conflitos amoroso forçados.

E agora nos ”X-Files”:

  • Como mutante da semana temos Sage, também conhecida como Tessa nos comics, a personagem foi introduzida em X-Men #132 (Abril, 1980). Sage foi recrutada por Charles Xavier ao mesmo tempo que este montava a equipa dos X-Men, embora ela tenha sido mantida em segredo para ser usada como espia. Os seus poderes mutantes manifestam-se através de uma extraordinária capacidade intelectual, possuindo uma mente que funciona como um computador – tem uma avançada capacidade de memória fotográfica e de multitasking; além disto ainda possui o poder de biocinese – consegue ver o código genético de uma pessoa, despertar poderes mutantes latentes e sente a presença do gene X das pessoas na proximidade; tendo sido treinada por Xavier aprendeu uns certos truques telepáticos. Na série é interpretada por Hayley Lovitt.

A série que inicialmente só estava prevista ter seis episódios está agora com uma temporada planeada de 13 episódios, ou seja, ainda temos cinco para acompanhar a resistência mutante. A promo do próximo episódio, “threat of eXtinction”, promete revelações interessantes com os Sentinel Services a conseguir infiltrar um espião no Mutant Underground e Reed irá visitar o pai e tentar desvendar alguns segredos da família.

Emanuel Candeias

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