Manual de sobrevivência apocalíptico
| 18 Out, 2014

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Já demonstrámos noutras crónicas o nosso fascínio por cenários apocalípticos. Demos a conhecer a nossa curiosidade em fazer parte e também já escolhemos quem gostaríamos de ter do nosso lado nessa eventualidade. Agora o que nos propomos é dar um conjunto de dicas para se prepararem para um eventual apocalipse. As séries ensinaram-nos alguma coisa sobre o tema, mas sobretudo também nos ensinaram os erros que não devemos cometer. Preparem-se connosco com este manual de sobrevivência:

1 # Voltar aos primórdios: Durante milénios, o Homem prosperou sem tecnologias avançadas e mesmo assim liderava o topo da cadeia alimentar! Por isso, os membros do nosso grupo iriam aprender técnicas de caça, com armas atuais, lanças ou mesmo elaborando armadilhas. Pescar também não parece muito difícil… Cultivar alimentos também não é nada de sobrenatural, poderíamos ter uma horta onde iríamos buscar vegetais, frutos e cereais.

2 # Mantimentos: É claro que usarmos o ambiente a nosso favor para nos alimentarmos é muito importante, mas como o cenário nem sempre poderá ser favorável a isso, há que arranjar outras formas. E com isso já sabem que há que procurar comida em todos os lados onde seja possível encontrar: antigos supermercados e bombas de gasolina, casas abandonadas… Tenham é cuidado com os alimentos fora do prazo e talvez não seja bom comer pudim de chocolate em demasia. E se não houver muito que comer, assegurem-se de que têm muita água. O corpo humano aguenta muito tempo sem alimentos, mas não sem água.

3# Abrigo: Um bom abrigo será essencial para nos mantermos vivos por mais tempo. Como tal é preferível que este esteja numa localização estratégica, isto é, estar próximo de uma fonte de água, ter um espaço ao ar livre amplo e devidamente cercado para que se possa fazer umas plantações e criação de gado, ter uma boa vista sobre o que nos rodeia, ter no máximo duas entradas (e sempre vigiadas!). Mas como achar algo deste género será algo complicado em tempo de apocalipse, o mais indicado é aproveitar os castelos que existem um pouco por todo o nosso país, até porque a maioria deles cumpre estes requisitos.

4# Segurança e vigilância: Pode haver uma certa tendência para relaxar e desfrutar quando arranjamos um abrigo, mas não se pode descurar nunca os cuidados e uma excessiva sensação de segurança pode ser perigosa. É importante tornarmos seguro qualquer sítio que escolhamos para nossa casa, mesmo que por pouco tempo. Tábuas de madeira nas janelas, móveis a atravancar as portas… E se for uma casa com terreno à volta, aconselhamos a que se escave um pequeno fosso a toda a volta, com passagem disponível através de uma tábua sólida para quando for preciso entrar ou sair – que se retirará quando não precisar de ser usada. Se estivermos a lidar com zombies, eles são estúpidos o suficiente para se deixarem cair no fosso e assim não se aproximarem de casa. Além disso, é importante fazer turnos de vigilância, principalmente durante a noite, para não sermos surpreendidos. Como medida extraordinária de segurança, não esquecer de ter sempre tudo a postos (alguns mantimentos, gasolina, roupas) para fugir em caso de necessidade.

5# Armas: Qual o tipo de arma a utilizar? As armas de fogo são claramente as mais eficazes e melhores para matar a longa distância, mas como não estamos nos Estados Unidos ou na Suíça, onde por exemplo é fácil (de mais até) arranjar armas deste tipo, será algo complicado encontrá-las, mas não impossível. Visto que existem algumas lojas de armas cá em Portugal, temos também as esquadras da polícia/GNR. Apesar de boas no longo alcance, as armas de fogo têm um problema, são bastante barulhentas e chamam muito a atenção, posto isto, um arco ou uma besta seriam alternativas excelentes. Também seria importante andar sempre com uma faca ou algo cortante connosco. Para além disso, existem outras armas que se poderiam utilizar, como por exemplo: tacos de basebol ou de golfe, machados, martelos, entre outras inúmeras opções.

6# Veículos: Andar a pé num apocalipse não seria a opção mais sensata. O veículo que vamos utilizar tem que ser potente, resistente e que consiga andar em praticamente todo o tipo de terreno, um 4×4, resumidamente. Podíamos também utilizar umas motas para o caso de estarmos numa longa viagem pela estrada fora para servir de batedores, e mesmo que não estejamos numa longa viagem, as motas são sempre úteis para fazer uma ronda na vizinhança da nossa base e ver se não há nada de estranho ou anormal e que possa colocar o abrigo em perigo.

7# Grupo: Tão ou mais importante do que aquilo que temos ou das situações em que nos encontramos, são as pessoas com quem podemos contar. Um grupo forte e leal pode salvar-nos a vida. Pelo contrário, um grupo desorganizado, em que não somos capazes de confiar uns nos outros, pode ser tão perigoso como uma horda de zombies. Por isso, escolham bem o vosso grupo. Lembrem-se também de que o ideal é um grupo sem crianças (porque elas choram e têm um passo mais lento, além de que são fofas e isso pode toldar-nos o raciocínio) e não se envolvam com ninguém casado porque dá mau ambiente no grupo e não é preciso drama desse a acrescentar à dificuldade de um cenário apocalíptico.

8# Humanidade: Apesar de o cenário poder obrigar-nos a fazer coisas que normalmente não faríamos – como pilhar supermercados e afins, recorrer a armas – não podemos esquecer-nos totalmente das pessoas que éramos dantes. É claro que se a escolha for entre morrer ou ser morto, faremos o que é preciso para sobreviver, mas não podemos deixar que isso influencie todas as nossas acções ou mude tudo o que somos, porque depois podemos não conseguir viver com isso. Por isso não ignorem quem são, procurem ligarem-se a algo de que gostavam no passado – coisas simples como ler, escrever, simplesmente relaxar ou cozinhar – para que o presente não vos afecte mais do que é necessário.

9# Educação: Seria de extrema importância manter determinadas rotinas normais! Aprender a ler e escrever seria uma delas… Assim os jovens podem adquirir conhecimentos sobre o passado e desenvolver as suas capacidades, nomeadamente na elaboração de artefactos simples (armas, instrumentos agrícolas) até algo mais complexo (gerador eólico, solar, estufas, etc.).

10# Ciência prática: À semelhança do que acontece em séries apocalípticas, como The Walking Dead e The 100, poderíamos aprender a seguir rastos para facilmente encontrarmos presas e para evitarmos os monstros que nos perseguem! A orientação pelas estrelas também seria útil no momento em que optássemos por uma longa migração em busca de abrigo ou alimentos. Poderíamos ainda aproveitar as propriedades medicinais de algumas plantas para curar doenças e evitar infecções complicadas.

11# Divisão de tarefas: Se fazemos parte de um grupo, é perfeitamente natural que tenhamos aptidões variadas! Seria importante uma divisão sábia das tarefas de forma a suprir todas as nossas necessidades. Enquanto uns caçavam, outros poderiam cultivar, recolher lenha, tratar da limpeza do nosso abrigo e do vestuário, ou mesmo manter a segurança do nosso perímetro! Seria de todo útil alguém aprender a fazer cestos e potes para podermos armazenar e transportar os nossos alimentos!

12 # A evitar: Em casos de catástrofes há locais que são piores do que aqueles supermercados com tudo a 50% de desconto uma vez por ano! Para começar, os hospitais e centros de saúde irão estar lotados de pessoas. Se te cortaste a descascar umas batatas evita de ir a um centro de saúde, o mais certo é teres que esperar 2 dias até seres atendido ou nunca o chegares a ser mesmo. Nos primeiros dias será o pandemónio total, os supermercados vão estar a ser pilhados por pessoas que preferem levar um plasma de 60’’ e um smartphone a levar comida, bebida e outras coisas úteis. As bombas de gasolina vão estar com filas de 3 km para encher o depósito, e se estás a ler este artigo numa cidade, fica a saber que não estás no melhor lugar para estar em caso de apocalipse. O grande número de habitantes é uma das principais razões para evitar cidades num apocalipse, para além disso a maior confusão que se irá gerar será precisamente nas cidades.

Esta é “só” a nossa terceira crónica sobre o apocalipse. Não pensem que somos paranóicos ou algo do género! Simplesmente gostamos do tema e assim nos preparamos para uma eventual catástrofe mundial. Esperamos que tenham gostado, aproveitem e apresentem-nos mais dicas… juntos sobreviveremos com maior facilidade!

Diana Sampaio, João Montez e Rui André Pereira

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