Continuamos a trazer curiosidades sobre as tuas séries favoritas e desta vez vamos dar-te a conhecer algumas sobre Daisy Jones & the Six:
1. A série tem como base o livro com o mesmo nome da autora americana Taylor Jenkins Reid, que se inspirou em parte nas próprias experiências que viveu enquanto crescia.
2. Os Fleetwood Mac também são uma grande inspiração para a história, com destaque para um concerto de 1997, o primeiro numa década, com aquela que é considerada a formação clássica da banda, Stevie Nicks, Lindsey Buckingham, Mick Fleetwood, Christine McVie e John McVie. Reid tinha um interesse especial pela relação de Nicks e Buckingham, que inspiraram as personagens Daisy Jones (Riley Keough) e Billy Dunne (Sam Claflin), respetivamente. No entanto, há semelhanças entre os membros da banda e os seus equivalentes da série. Tal como Nicks, Daisy sobreviveu a um vício das drogas e teve uma carreira a solo bem-sucedida. Buckingham e Billy são ambos casados com uma fotógrafa. Mick deu origem a Warren Rojas, que, como ele, se destaca pelo sentido de estilo e boa disposição. Christine McVie e a personagem Karen Sirko partilham o facto de serem britânicas, pianistas e cantoras.
3. Todos os atores fizeram um teste de química com Riley Keough, a protagonista, antes de serem escolhidos para a série. Adicionalmente, Sam Claflin também fez um teste de química com Camila Morrone, que já era uma confirmação no elenco, visto que os dois iriam interpretar um casal. Segundo Morrone, ela e Claflin davam as mãos e algumas coisas do género, mesmo quando não estavam a filmar, como forma de criarem uma química mais natural e se sentirem mais confortáveis um com o outro aquando das gravações.
4. Keough inspirou-se, em parte, na mãe, Lisa Marie Presley, para o papel de Daisy. Tal como o pai, Elvis Presley, Lisa também era cantora. Para melhor se preparar para dar vida ao seu personagem, Claflin viu entrevistas e atuações de Lindsey Buckingham.
5. A audição de Keough consistiu precisamente numa música dos Fleetwood Mac. Claflin exagerou a sua experiência musical na audição e apesar de a sua interpretação de Elton John não ter sido a melhor, as suas capacidades enquanto ator mantiveram-no na corrida pelo papel. Depois, o ator aproveitou o confinamento devido à pandemia para trabalhar, via Zoom, com professores de canto e de guitarra, o que melhorou bastante a sua capacidade musical. No entanto, mesmo depois de terem sido escolhidos para a série, Keough e Claflin tiveram que aperfeiçoar a sua arte. Ela teve treino vocal e ele trabalhou com um treinador que o ensinou a captar a presença em palco e a fisicalidade essenciais do seu personagem.
6. Inicialmente, Will Harrison fez testes para o papel de Eddie Roundtree, o baixista da banda. Keough, que fazia parte da chamada Zoom quando a audição aconteceu, achou que o ator era muito mais Graham do que Eddie e acabou por ser mesmo com o papel de Graham Dunne que ficou. Por sua vez, Josh Whitehouse, que viria a interpretar Eddie, tentou a sua sorte para o papel de Billy.
7. Sebastian Chacon deu a ideia de mudar para Rojas o apelido de Warren. Inicialmente, o personagem tinha como apelido Rhodes, mas Chacon, como único membro latino de uma banda de resto caucasiana nos anos 70, não quis apagar a sua identidade. É também em homenagem às suas origens que usa baquetas de timbale, habitualmente utilizadas pelos músicos de salsa, em vez das baquetas tradicionais. A sua inspiração para o papel veio de artistas como Tito Puentes, o “rei do mambo”, e de Jo Jones.
8. Antes de as filmagens terem começado, o elenco deu um mini-concerto – em que todos incorporaram os seus personagens – para um grupo constituído por família, amigos, outros elementos do elenco e da equipa, bem como funcionários da Amazon, para perceberem como era e receberem feedback em tempo real. A banda acabou por fazer sucesso e tornou-se a primeira fictícia a alcançar o top do iTunes, tendo o seu álbum Aurora chegado mesmo ao 1.º lugar aquando do lançamento.
9. Kim Gordon, da banda Sonic Youth, marcava presença na sala dos argumentistas como consultora, uma vez por semana, para partilhar um bocado daquilo que significa fazer vida da música e atuar num palco. Outros músicos como Claudia Lennear, Linda Clifford, Amy Millan, Brendan Canning, Andrew Whiteman e Ariel Engle também foram consultores acerca dos dramas à porta fechada que aconteciam entre os artistas. Houve ainda especialistas que deram aulas ao elenco sobre consumo de droga e comportamentos típicos da década de 70.
10. Apesar de, para o livro, Jenkins Reid ter escrito letras de canções, a autora foi muito clara com os produtores da série acerca de não terem de as usar. Os músicos profissionais Blake Mills e Tony Berg acabaram por ser os responsáveis por escrever as músicas, sendo que o processo de escrita dos 24 originais levou cerca de três anos a ficar concluído.
10. Os títulos dos episódios são todos de clássicos da música rock.
11. A cantora e atriz brasileira Nabiyah Be, que dá vida a Simone Jackson, antiga colega de quarto de Daisy, escreveu uma série de notas acerca do que significa ser uma mulher negra na indústria musical e enviou tudo ao produtor Will Graham. Foi então convocada uma reunião de argumentistas, que também incluiu Be, e algumas das coisas que ela tinha escrito foram adicionadas à história de Simone.
12. Uma componente muito importante da série é o guarda-roupa. Só os personagens da banda precisaram de 1500 mudanças de roupa durante a primeira metade da produção. Denise Wingate, responsável pelo guarda-roupa da série, andou em tournée com as The Bangles em 1980 e foi portanto capaz de dar muitas indicações de qual era a vibe em termos de vestuário há décadas atrás. As roupas de Daisy foram muito inspiradas nas de Stevie Nicks, tal como as de Billy têm muitas semelhanças com as de Lindsey Buckingham. Aquilo que a Daisy adolescente veste retira muita inspiração da cantora Linda Ronstadt, conhecida como primeira-dama do rock, que gostava de usar calções curtinhos e botas de cowboy. De forma mais genérica, no início, Daisy usava muitas cores pastel e roupas soltas, mas à medida que se torna mais velha, veste tons mais escuros como preto, dourado, laranja e vermelho. As alturas em que a personagem usa casacos de pelo representam vulnerabilidade, com os agasalhos a servirem de armadura protetora.
13. Ainda em termos de guarda-roupa, o de Karen tem quatro inspirações principais: a própria Christina McVie, Suzy Quatro, Chrissie Hynde (The Pretenders) e Debbie Harry (Blondie). O visual de Camila Alvarez baseia-se no da personagem de Ali MacGraw no filme Love Story (1970), um estilo bastante boémio. No entanto, quando Camila se torna mulher de uma estrela rock, o seu visual torna-se mais glamoroso, como o de Bianca Jagger, que foi casada com Mick Jagger durante a década de 70. Donna Summer e Chaka Khan são as bases para o estilo de Simone.
14. Claflin e Waterhouse já tinham trabalhado juntos no filme Love, Rosie (Deixa o Amor Entrar).