A Apple TV+ tem brindado os subscritores com excelentes séries e Bad Sisters é uma das grandes pérolas do serviço de streaming. Com a 2.ª temporada a decorrer, não há melhor altura para te convencer a veres a série, que se centra em quatro mulheres decididas a matarem o cunhado (a quem se referem como prick), um homem que lhes inferniza a vida e que é abusivo com a irmã delas.
1 – A relação entre as irmãs
O amor entre as irmãs é o tema maior de Bad Sisters e a química entre as protagonistas torna esta série inesquecível. A ligação das cinco é verdadeiramente especial, mas também é muito giro ver outras dinâmicas mais específicas dentro do grupo. As mais novas a embirrarem umas com as outras, Bibi a ser chamada à atenção pela falta de filtro, Becka a ouvir por ser cabeça de vento, Grace a encontrar conforto junto das irmãs, Eva a deixar-se ser vulnerável para variar, Ursula a ter dificuldades em partilhar aquilo que a consome por dentro…. Elas só se tiveram umas às outras quando os pais morreram, o que as tornou muito próximas e criou uma sólida união.
2 – O argumento
Há alguns trabalhos de ficção – sejam eles livros, filmes e séries – ou até músicas em relação aos quais penso: gostava de ter sido eu a criar isto. Bad Sisters é um desses casos. O argumento é incrível e tem mérito próprio, não beneficia apenas das excelentes interpretações de um elenco extremamente capaz. Os personagens têm tiradas inesquecíveis, sejam elas nos melhores ou nos piores momentos. Sharon, que é uma das criadoras da série, também assina o argumento de vários episódios.
3 – A Eva de Sharon Horgan
Acho que nunca me vou cansar de dizer que Sharon é um génio. Sinto-me ainda mais arrebatada pelo talento dela do que fiquei em relação a Phoebe Waller-Bridge quando vi Fleabag. Eva é a minha personagem preferida e gosto de dizer que ela é um bocadinho como o coração da série. Acho extremamente comovente a relação que ela tem com as irmãs, num estilo um bocado à mama bear que é absolutamente adorável. Sharon é verdadeiramente engraçada, mas é também uma fabulosa atriz dramática e a sua presença no ecrã é uma das melhores partes de Bad Sisters.
4 – A Bibi de Sarah Greene
A minha segunda personagem preferida da série e provavelmente aquela com quem me identifico mais. Uma pessoa gostava de poder achar que é mais parecida com Eva, mas Bibi acaba por ser uma personagem muito relatable: é ela a irmã que odeia o prick mais abertamente, ri-se em momentos extremamente inconvenientes e não filtra as coisas antes de abrir a boca para falar. É muito engraçada enquanto pessoa com mau feitio, mas é tão mais do que isso! Também ela é muito feroz quando se trata de proteger as irmãs e aqueles que ama. Sarah é uma atriz notável e algumas das suas cenas são as minhas favoritas da série. A sua história é uma das mais interessantes ou não fosse ela uma das personagens que mais sofreu às mãos do prick.
5 – O elenco como um todo
O elenco não é muito extenso e o núcleo principal acaba por ser pequeno, mas foram todos muito bem escolhidos para os respetivos papéis. Por exemplo, os episódios mais centrados em personagens específicas permitem que cada uma das cinco protagonistas tenha o seu momento para brilhar. JP pode ser um homem detestável, mas Claes Bang é um ator muito bom para nos conseguir fazer odiar de morte este homem. Apesar do relativo pouco tempo de ecrã, a jovem Saise Quinn, que interpreta a filha de Grace e do prick, também tem uma ou outra cenas espetaculares na 2.ª temporada. Há personagens com quem não nos importamos (olá, tipo dos seguros!) e alguns cuja presença nos custa a engolir, mas que nem por isso são menos bem interpretados, longe disso. Fiona Shaw pode dar vida a uma chata, mas foi uma boa adição ao elenco da 2.ª temporada.
6 – Mistura de comédia, drama e thriller
A série combina estes três géneros de que gosto bastante, criando uma trama envolvente que, em igual medida, nos faz rir, emocionar e é capaz de nos deixar de boca aberta com as constantes surpresas no enredo. Cada episódio termina de uma forma que nos deixa vontade de ver o seguinte, o que também torna a série perfeita para uma maratona.
7 – Temas como a moralidade, culpa e vingança
Quando quatro mulheres estão determinadas a matar alguém, é inevitável que se coloque a questão da moralidade. Tirar uma vida não pode ser fácil e as irmãs Garvey não são assassinas sem coração, longe disso. Elas veem na morte do prick a única forma de salvar Grace e a sobrinha Blánaid de uma vida de pequenez e submissão da qual já nem estão certas de que a irmã possa verdadeiramente escapar. Não incólume, pelo menos. Eu, enquanto espectadora, também me perguntei: se fosse uma irmã minha ou uma pessoa verdadeiramente importante para mim, será que era capaz de fazer o mesmo? Bad Sisters consegue fazer-nos colocar no lugar das personagens, o que nos ajuda a identificar-nos com elas. Quando algumas das tentativas de matar o prick se tornam particularmente pessoais, temos alguns excelentes momentos dramáticos em que vemos as personagens a lidarem com a culpa daquilo que estão a fazer e a perguntarem-se se a vingança é mesmo o caminho a seguir, principalmente quando estão em causa danos colaterais. Torna-se inevitável questionarmos o que está a acontecer, por muito que queiramos o prick morto.
Importa ainda acrescentar que Bad Sisters se tornou uma das minhas séries preferidas de sempre, portanto talvez se torne também uma das tuas.
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