Ministério do Tempo – 01×11 – Episódio 11
| 15 Mar, 2017

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Ok, Ministério do Tempo! Já percebemos que para além das lições de história, também temos revisões de português! Luís Vaz de Camões: check! Gil Vicente: check! Fernando Pessoa: check! Eça de Queirós (Pedro Diogo): vamos a isso!

Em 1887, o escritor português recebe uma proposta irrecusável pelo seu manuscrito de Os Maias vinda, nada mais, nada menos, do nosso “amigo” americano Walcott e o seu parceiro, John Bennett (Nuno Janeiro). Sem pensar duas vezes, e entusiasmado por conseguir finalmente investir no seu sonho de se tornar dramaturgo, Eça vende o seu manuscrito aos supostos editores ingleses, alterando assim o rumo de uma das maiores obras portuguesas! Nesta cena, o “inglês” de Nuno Janeiro deixou-me com uma pequena comichão, pois apesar de eu aplaudir o uso de outras línguas na série, como já aconteceu em episódios passados, acredito que esta cena ficaria muito melhor com Bennett a falar exclusivamente inglês e Walcott como tradutor.

No Ministério, em 2016, Maria dos Prazeres informa Salvador que Os Maias nunca chegaram à tipografia, deixando o chefe num alvoroço: as obras de Eça de Queirós têm de ser publicadas e chegar aos nossos dias intactas! (Por muito que tenham estragado o 11.º ano a muita gente!) A equipa é reunida e Pacino, para sua alegria, é dispensado desta missão. Afonso não consegue esconder o alívio, pois acredita que Tiago é que deveria estar com eles, mas muda imediatamente de humor quando é informado de que Camões irá com eles nesta missão.

Amélia e Afonso conversam sobre como Tiago é o verdadeiro membro da equipa e demonstram que, na ausência do paramédico, a amizade deles tem evoluído bastante. Ao ponto de o cavaleiro se mostrar à vontade para fazer piadas e brincar com Amélia. Apesar disto, ainda se recusa a seguir às ordens dela e decide que, em vez de se infiltrar na companhia de teatro e boicotar a peça de Eça de Queirós, irá tentar encontrar os americanos e o manuscrito.

Ao chegarem a 1887, os três são recebidos por Antão Teles de Menezes – o funcionário do Ministério que ajudou a salvar Camões da morte – e o poeta agradece-lhe, mas critica o jovem que o acompanhou na viagem, para fúria de Afonso. Luís de Camões rapidamente percebe e é-lhe confirmando por Amélia que o seu companheiro de viagem era filho do cavaleiro e que quebraram várias regras do Ministério para também lhe salvar a vida. Camões promete segredo.

Em África, 1890, Tiago conversa com Mouzinho de Albuquerque (Pedro Luzindro). O Capitão queixa-se que as Campanhas afastam os soldados da família e que Tiago tem sorte em ser apenas um médico, pois pode ir embora quando quiser, mas o paramédico confessa-lhe que é viúvo e não tem filhos. Os dois refletem como o tempo ajuda a curar a dor da perda. Foi bastante bom rever Tiago e saber por onde ele se aventurou. Apesar de ficar feliz pelo seu regresso, não pude deixar de sentir uma ligeira tristeza por este ainda estar tão preso à morte de Mariana e não dirigir os seus pensamentos para Amélia, que foi a sua grande confidente e amiga nos últimos tempos, mas só o tempo dirá como esta relação se irá resolver e evoluir! A esperança continua!

Em 1887, Afonso interroga Eça de Queirós, afirmando ser da polícia, e que os americanos que lhe compraram o manuscrito são dois ladrões procurados. O escritor afirma que não irá devolver o dinheiro, mas o agente do Ministério descansa-o em relação a isso e diz que procura apenas uma descrição física dos dois homens. Em 2016, Salvador e Nuno Gonçalves ouvem tudo e o pintor faz um retrato. No fim não restam dúvidas: é Walcott quem eles procuram e é a Companhia que está por detrás desta alteração na história de Portugal!

Enquanto isso, Susana Meireles tenta-se infiltrar no Ministério, mas o segurança não a deixa avançar, pois esta não tem autoridade para entrar nos corredores das portas do tempo. Esta fica furiosa e dirige-se à cafetaria, onde Irene e Ernesto decidem finalmente resolver as coisas. Depois do agente sair, Irene informa Susana que o que ela pediu está a ser tratado, deixando a dúvida no ar.

No século XIX, a patrulha conversa e decidem que a melhor opção deles é conseguir que o casal protagonista da peça, que também está junto fora da mesma, se separe. Afonso tenta seduzir a mulher, mas esta está com os olhos postos em Camões. O poeta rapidamente se envolve com a atriz, mas os dois são interrompidos pelo marido dela.

No dia seguinte, Eça de Queirós desespera por ter perdido os seus atores principais, mas Amélia e Camões apresentam-se como atores dispostos a assumir o lugar deixado vago. O escritor fica contente e de imediato começa os ensaios, que os agentes tentam boicotar colocando imensas dúvidas e dando opiniões que deixam Eça à beira de um ataque de nervos!

Antão e Afonso, usando os desenhos de Nuno Gonçalves, procuram os americanos, mas é através de um jovem carteirista que o cavaleiro descobre um anel que pertencia a Walcott. Amélia descobre que o anel é uma pen e Afonso vai até 2016, onde Salvador e Ernesto percebem que o objetivo dos americanos é conseguir manuscritos de vários autores como Gil Vicente, Júlio Dinis, José Saramago, etc. e vender no presente. Salvador incumbe Afonso de conversar com Ramalho Ortigão (João Brás), que é da mesma época que Eça de Queirós, e tentar perceber se os americanos já entraram em contacto com ele. Ernesto aconselha Afonso a lisonjear Ortigão para conseguir informações, o que não lhe agrada muito.

Na prisão medieval de 1030, Mafalda Torres continua detida e recebe o almoço entregue por dois seguranças. Um deles, claramente encantado com ela, oferece-lhe mais um pedaço de pão, que ela prontamente aceita. Mais tarde, Mafalda é visitada pelo guarda que a ajudou. Este oferece-lhe mais pão e tenta abusar dela, mas à última da hora aparece Irene, que a salva e ajuda a escapar, traindo mais uma vez o Ministério. Neste momento a tensão começa a acumular-se! Estou demasiado ansiosa para ver qual irá ser o resultado desta situação! Estará Irene a ser manipulada? Será ela a verdadeira vilã? Como será a reação da patrulha e do Ministério? Quais as verdadeiras intenções de Susana? Mal posso esperar por ver Andreia Dinis abraçar de uma vez por todas o papel de vilã!

Em 1887, Camões e Amélia continuam na sua missão de boicotar a peça e convencem os outros atores a fazerem greve para conseguirem mais dinheiro. Ao contrário do que pensavam, Eça de Queirós dá a volta à situação e eles veem-se mais uma vez de mãos atadas.

Afonso encontra-se com Ramalho Ortigão, que lhe diz que ao contrário da carta que ele recebeu no dia anterior, o cavaleiro tem atitudes de bronco, deixando Afonso verdadeiramente agradado por não ter de fingir. Na cena seguinte vemos Ortigão a fugir assustado e o agente do Ministério a agradecer a colaboração dele. É verdadeiramente divertido assistir a estes momentos de Afonso que, apesar de todo o seu esforço, não consegue deixar de lado os seus verdadeiros métodos, acabando muitas vezes por assustar pessoas que têm outro tipo de visão sobre as atitudes a tomar!

Camões e Amélia continuam sem conseguir quebrar Eça de Queirós e os ensaios da peça seguem a todo o vapor… É então que surge Antão Teles de Menezes e se faz passar por um enviado do Teatro Nacional D. Maria e consegue aliciar os atores a abandonarem Eça. Camões convence o escritor a usar a palavra e aliciar os atores novamente para o seu lado. Eça é bem sucedido e Amélia fica furiosa com Camões. O poeta defende que não deveriam destruir o sonho do escritor, até porque Afonso já está num bom caminho para recuperar o manuscrito, mas a estudante defende que ao apresentarem a peça de Eça poderão alterar a história, pois esta nunca foi apresentada. A discussão dos dois é interrompida por gritos de socorro: alguém pegou fogo à companhia e o culpado foi Antão Teles de Menezes. Este era o plano B de Afonso caso a ideia de recrutar os atores para outra companhia falhasse.

Camões e Afonso vão até ao ponto de encontro que lhes foi cedido por Ramalho Ortigão para tentar intercetar os americanos. Os dois apanham Bennett, mas antes que o consigam capturar, este despede-se e, usando um relógio, desaparece, deixando o poeta e o cavaleiro confusos e perplexos.

Quando voltam para junto de Amélia, esta informa-os que as primeiras páginas d’ Os Maias já começaram a desaparecer e a patrulha decide ir até Eça, que está numa tasca, completamente embriagado. Amélia decide então colocar em prática um novo plano: os três levam o escritor adormecido para 2016 e quando este acorda acredita que está ainda a sonhar. Camões passeia então com Eça por Lisboa e mostra-lhe o legado que este deixou no país, deixando o escritor maravilhado. Ao voltar ao Ministério, Afonso droga Eça e devolvem-no ao seu tempo. O autor d’ Os Maias acredita que este foi um sonho premonitório e volta a reescrever o romance, restaurando assim a história.

De volta a 2016, Salvador dá os parabéns à equipa e discute a possibilidade de os americanos terem inventado um sistema de viagem no tempo portátil e pede aos agentes que estejam mais atentos: é preciso capturar os americanos para que estes não voltem a interferir na história do nosso país! Afonso pede ao chefe que lhe arranje uma casa em 2016, pois vive num casebre, sozinho, no seu tempo, mas teme ser reconhecido por algum viajante ou peregrino. Salvador informa-o que já não têm casas disponíveis, mas Pacino diz a Afonso que este pode ficar em sua casa.

No final, Mafalda Torres, já em 2016, encontra-se com Susana Meireles, que lhe entrega um passaporte e dinheiro, e informa-a que ambas têm bastante que conversar. Percebemos aqui que ambas têm um passado e que Mafalda tem um anel com o mesmo símbolo que a Companhia!

Assim termina mais um fantástico episódio desta série que a cada dia se torna mais envolvente! Agora não temos apenas uma patrulha a tentar manter a história de Portugal intacta, mas sim um conjunto de enredos que nos dá mais perguntas do que respostas! Como irá a Companhia continuar a prejudicar a nossa história e qual o seu interesse nisso? Qual serão as verdadeiras intenções de Susana? Qual será a ligação de Mafalda à Companhia? Até onde irá Irene para conseguir a sua vingança? Quando voltará Tiago?

Uma pequena nota de parabéns a Pedro Diogo pela sua interpretação fenomenal de Eça de Queirós! E é tão bom ter João Vicente de volta! O ator que conseguiu que Portugal se apaixonasse mais uma vez por Camões! Ministério do Tempo continua a surpreender com estas aquisições de elenco e que tal não mude num futuro próximo (nem distante!).

Beatriz Pinto

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