Chegou esta semana à Netflix a produção sueca Os Homicídios de Åre (Åremorden, no título original), que tem como base dois livros da também nórdica Viveca Sten. A série de mistério acompanha Hanna Ahlander (Carla Sehn), uma polícia de Estocolmo que nos últimos anos se dedicou à investigação de casos de violência doméstica. No entanto, ela encontra-se a gozar uma licença de dois meses e muda-se provisoriamente para uma pequena localidade chamada Åre, onde costumava passar férias na infância e onde a irmã tem agora uma casa. É aí que Hanna se depara com o caso do desaparecimento de uma adolescente e acaba a ajudar na investigação.
Gosto bastante de séries centradas em crimes e tenho até um fraquinho em especial por policiais nórdicos, mas Os Homicídios de Åre não se revela uma série propriamente empolgante. Tem vários elementos capazes de tornar uma história destas interessantes, como o cenário de uma cidade pequena, a polícia com questões pessoais por resolver e um crime misterioso, mas depois parece que falta qualquer coisa. O episódio é curto (35 minutos) e a temporada tem apenas cinco episódios e por isso a série não perde muito tempo a ir direta ao assunto, mas falha em colar ao ecrã. Não senti aquele ímpeto de carregar no botão de ir para o próximo episódio, porque passei este piloto ligeiramente entediada.
As personagens não são carismáticas e não me senti envolvida pelas suas histórias. Não seria justo dizer que a série é péssima ou sequer má, mas também não passa do mediana e não tem muito como se destacar de outras do género. Para além disso, a verdade é que a Netflix até tem feito boas apostas em produções nórdicas recentemente, como La Palma e Descoberta Decisiva, portanto esta surge um pouco como uma deceção, principalmente se quisermos estabelecer comparações.