The Flash – 04×09 – Don’t Run
| 08 Dez, 2017

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[Contém spoilers]

“I don’t have to run when I’m with you”

Quem diria que na imagem que vemos deste episódio, Caitlin estaria a salvar o futuro corpo de DeVoe? Este episódio é um misto de sentimentos, oferecendo excelentes twists no que envolve o plano dos DeVoe, mas falhando em quase tudo o resto. É um cheirinho de midseason finale misturado com uma grande parte de filler.

“Baking soda!!!” quando mesmo é que Killer Frost passou de aterradora para a amigalhaça do grupo? Parece que perdemos uns episódios! Apesar de ser bom ver Killer Frost a ser integrada e aceite na Team Flash, ao mesmo tempo sentimos que perdemos um pouco de Caitlin. Não seria ideal se as duas personalidades se conciliassem? Ou será que teremos para sempre uma dupla personalidade ao género de Jekyll e Hyde (ou Banner e Hulk)?

O regresso de Amunet veio realçar as falhas da personagem e apagar o bom impacto que teve na sua estreia, tanto assim foi que após este episódio fico na dúvida se a quero voltar a ver. De todo o enredo com Caitlin gostei da introdução do novo meta-humano, Dominic Lanse aka Brainstorm, e pouco mais. A tentativa de distinguir as qualidades médicas de Caitlin, após um bom discurso de Amunet a dizer que a escolheu propositadamente a ela pela sua excelência, acabou por sair completamente furada. Foi só puxar o pedaço de ferro e já está? Digamos que a realização do procedimento médico esteve muito fraca. Propositadamente, ou não, achei engraçado o paralelismo entre os poderes magnéticos de Amunet e os poderes telepáticos de Brainstorm, fazendo lembrar os lendários rivais Magneto e Charles Xavier.

Passando para o plot com o grande vilão da temporada, foi uma surpresa agradável e que salvou o midseason finale. Desde o aprisionamento de Flash (assim como a maneira que arranjou para a fuga), à afirmação de The Mechanic como mais do que apenas uma lacaia de The Thinker, à ligação a Amunet e ao seu negócio de tráfico de meta-humanos, a revelação do plano de criar os novos meta-humanos do autocarro, a Barry decidir não fugir da polícia e consequentemente o começo do arco “The Trial of The Flash” (uma famosa história de Flash nos comics, publicada em 2011 em The Flash #323-#350), quase todos os elementos se encaixaram na perfeição e deram uma boa noção do panorama geral da história. Pena que este enredo ocupou menos tempo que o de Caitlin e acabou por perder impacto.

Claro que com a revelação final do plano de The Thinker temos que considerar que, tanto a fuga de Flash como a batalha dos dois, estava tudo planeado pelo génio e correu exatamente de acordo com o esperado. Agora que DeVoe possui poderes telepáticos tais como nos comics, será que Flash será imune a eles como também o é originalmente? Apesar de ter gostado da prestação de Kendrick Sampson, será que esta troca de corpo de The Thinker significa que vamos perder o ator Neil Sandilands? É que se assim for será uma perda de peso; Neil tem-se revelado uma das melhores adições desta temporada.

Pessoalmente, achei uma ofensa aos poderes de Flash este ter que ter dependido dos gadgets que Cisco aplicou no fato para se salvar; existem mais de uma dúzia de maneiras diferentes que este podia ter usado para resolver o problema.

Outro ponto negativo a apontar foi a cena em que Joe e Harry vão procurar Barry à casa de The Thinker e que foi só… estranha. Não conseguiram com sucesso transmitir a tensão de saberem que ele é um super-vilão, mas estarem de mãos atadas com a Lei para invadirem de repente a casa dele.

“Dominic Lanse: This house is…

Cisco Ramon: Bitchin’?” Lembram-se no primeiro episódio desta temporada em que Barry não estava muito bom da cabeça depois de voltar da Speed Force e não dizia coisa com coisa? Uma das mensagens que descodificaram dele dizia “This house is bitchin’”. De modo que este diálogo é um lembrete a esse primeiro episódio.

Um dos pontos bastante positivos do episódio foi o foco de Iris como líder da equipa. Quando Barry desapareceu foi ela que manteve a equipa unida e a funcionar, coordenando com alguma eficácia a proteção de Central City. Além disso, já na realidade alternativa de Flashpoint, também eram ela e Wally os responsáveis pela existência da Team Flash. Muitas vezes é negligenciado o papel de Iris na equipa e foi bom sermos relembrados das suas qualidades e da sua importância.

Falemos agora de Ralph Dibny ou, como também poderá ser chamado, Wally v2. Isto porque Ralph parece estar a seguir o mesmo rumo que Wally West. Wally regressou no episódio anterior ao crossover só para agora já ter desaparecido. Estas duas personagens demonstram um potencial enorme para terem arcos próprios em que sejam desenvolvidas; os produtores vão-nas mantendo na Team Flash, deixando o público na expectativa, mas no final não recebemos nada. É uma sensação de querermos investir em personagens que parece que nunca darão em nada. Nada contra a introdução de novas personagens, mas se não irá ser dada continuidade à sua história e se é para elas terem papéis apenas esporádicos, mais vale terem um tratamento semelhante a Gypsy ou Jesse Quick; sabemos que existem e gostamos quando aparecem, mas não estamos propriamente à espera que sejam postas no holofote.

The Flash regressa agora só em 2018, mas pela promo do 10.º episódio desta temporada parece que muito dos acontecimentos do 1.º episódio da temporada farão agora mais sentido e teremos uma história interessante com o julgamento de Barry e a possibilidade de este ter que revelar a sua identidade secreta de forma a não ser preso. Até lá, boas corridas!

Emanuel Candeias

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