The Flash – 02×23 – The Race of His Life (Season Finale)
| 29 Mai, 2016

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Quem é afinal o homem mais rápido do mundo?

Tendo o final da 2.ª temporada chegado, o que acharam desta temporada no geral? Melhor, igual ou pior que a primeira? “The Race of His Life” foi um excelente episódio com grande destaque nos efeitos especiais, na resolução do destino de Zoom e no lançamento da história para a próxima temporada. Surpresas não faltaram.

Mal começamos e que cena de pancadaria brutal! E aquela rasteira de Flash a Zoom? Ehehe. Não são tantas as cenas deste género que vemos em The Flash, mas normalmente quando são feitas são excecionais. Os efeitos especiais em “King Shark” estiveram no topo, mas neste episódio também não desiludiram de todo.

O pique do drama desta temporada foi-nos dado em “The Runaway Dinosaur” com a interação de Barry com a mãe, num momento de perfeita ternura, em que ele finalmente parece aceitar a morte dela (aceitar é como quem diz, mas já lá vamos) e ganhar um estado de paz e confiança. Mas a morte de Henry vem mudar tudo isso, a falta de palavras de Barry no funeral e a conversa com Iris fizeram-nos bem sentir o desgosto pela morte do pai do nosso herói, deixando-o num estado de insegurança e sede de vingança. E este estado em que Barry se encontrava foi importante, pois permitiu uma outra cena muito interessante no episódio, quando vimos a Team Flash a “virar-se” contra Barry (Cisco estava só a concordar em 40% com este plano). A morte de Henry também foi muito triste por pensarmos na injustiça da vida dele: perder a mulher, ser acusado do seu assassinato, ser preso por tantos anos e ser separado do seu filho, perder todos os amigos… E quando parece que estava a recuperar, tudo lhe é arrancado de repente. Mesmo assim, teve gente no funeral que se preocupou com ele e a quem ele ajudou, mas se pensarmos na injustiça de tudo deixa-nos frustrados e com a lágrima no canto do olho.

Os verdadeiros amigos e a família apoiam-nos nos piores momentos, mas também é preciso alguém que nos ama e nos quer bem para saber quando temos de ser parados de fazer algo de que nos vamos arrepender. E foi exatamente isso que aconteceu. Depois de Zoom desafiar Barry para a corrida final, onde se iria decidir quem era o mais rápido, mesmo após descobrirem o plano de Zoom de usar o Magnetar para colher a energia – tanto do Flash como de Zoom – para criar um pulsar e destruir assim todas as Terras do Multiverso, Barry pouco se importou com isso. Ele queria na mesma correr contra Zoom, pois queria vencer, queria derrotá-lo, humilhá-lo para depois se vingar e matá-lo. Barry estava pronto a descer por um caminho que o levaria às trevas. Por isso, gostei bastante quando Joe e Harry enganaram Barry e o prenderam. E vocês, acham que a Team Flash fez a escolha correta ao prender Barry?

Uma parte mais fraca do episódio foi o plano do resto da equipa para derrotar Zoom sem Barry. Vê-los todos a trabalhar juntos foi emocionante: Vibe a usar os seus poderes, Joe a espetar os tranquilizantes em Zoom e Wells a disparar em pleno ar… Wooo hooo, grande cena de ação. Mas a base do plano tinha uma grande falha. Ok, enviavam Zoom de volta para a T-2 para parar o Magnetar, mas e depois? Ele consegue abrir brechas, logo podia voltar para os matar a todos e, mesmo se não conseguisse, estariam a condenar a T-2 à fúria do vilão. Felizmente existe Wally, que também esteve bem neste episódio. Fartando-se de ser deixado de parte nas decisões importante e depois de Zoom raptar Joe, Wally vai ao salvamento de Barry. E o Flash torna então a estar de novo no jogo para aceitar a corrida de Zoom, mas desta vez com um plano e não só com raiva.

A revelação de todo o plano maléfico de Zoom também foi um dos momentos altos. Apesar de ouvir dizer que Eobard Thawne era um vilão muito melhor, é preciso lembrar que Hunter Zolomon é, na sua base, um psicopata. Mesmo antes de virar Zoom, ele já era um vilão e o seu objetivo era matar o máximo número de pessoas. Depois de ganhar os seus super-poderes, ele conseguiu não só dominá-los de maneira surpreendente – excedendo em muitos aspetos tanto o Flash como o Reverse Flash – como teve a inteligência de aprender sobre o multiverso e descobrir que a T-1 estava no seu centro e ainda roubar um dispositivo que o permitiria eliminar todas as Terras menos uma. Na minha opinião, em termos de planos malignos, este é do pior que já se viu. Quem é melhor vilão: Reverse Flash ou Zoom? E qual é o derradeiro speedster da série para vocês?

A tão esperada corrida foi tudo aquilo que se estava à espera e ainda mais. Efeitos especiais mais uma vez brutais, a Team Flash como fundo a apoiar Barry foi uma peça essencial e o plano de Barry foi na mouche. Conseguir criar um remanescente do tempo e usá-lo para parar o pulsar enquanto os fantasmas da Speed Force (ou Dementors) cuidavam de Zoom foi um plano de aplaudir e louvar em pé. Barry conseguiu desta forma obter justiça e não matar Zoom com as próprias mãos, livrando-se assim da escuridão que esse ato iria trazer.

Este episódio destacou-se também por ser um nerdgasm. Com os fantasmas da Speed Force a castigar Zoom, assistimos em primeira mão à origem do Black Flash, que de certeza veremos em ação nas próximas temporadas. E já fui referindo a relação de muitos aspetos desta temporada com a banda desenhada Crisis on Infinite Earths e, neste episódio, vemos mais alguns: é-nos revelado pela primeira vez, por Wells, que existem infinitas Terras, ou seja, isto permite à DC – se quiser – dizer que tudo o que está a lançar pode estar ligado, desde as séries da CW às personagens dos filmes Batman vs Superman: Dawn of Justice e Suicide Squad; descobrimos ainda que no centro do multiverso se encontra a Terra-1, informação muito importante e que decerto atrairá todo o tipo de problemas no futuro; quanto ao instrumento do Magnetar, também este foi inspirado nessa banda desenhada, assim como o sacrifício do remanescente do tempo que Barry usa.

Falando aqui um pouco dos remanescentes do tempo, adorei o facto de terem explicado como funcionavam e o facto de realçarem que apesar de tudo, eles continuam a ser pessoas com consciência e pensamento próprio, ou seja, Barry realmente sacrificou-se e morreu para salvar as Terras do multiverso. No entanto, isto levanta uma questão: se Zoom pode ter duas versões dele mesmo, porque precisaria de correr com Barry para ter energia suficiente para o Pulsar?

Em relação aos poderes do Flash, ele é muito rápido e vimo-lo nesta temporada a dedicar-se a aumentar a sua velocidade até ao limite, mas também já se dedicava a evoluir mais os seus poderes. A técnica dos remanescentes de tempo foi essencial para a vitória desta vez e, por exemplo, um maior domínio do Phasing (poder de atravessar objetos) poderia de algum modo ter-lhe dado uma oportunidade de salvar a vida ao pai (digo eu).

Com tudo o que aconteceu, ainda houve tempo para uma outra grande revelação, o Homem da Máscara de Ferro. Como já tinham sido dadas pistas, o homem era o verdadeiro Jay Garrick, mas o que se descobriu mais neste episódio foi que não só ele é o sósia de Henry Allen, como pertence à Terra-3. Será que nesta T-3 existe uma Sociedade da Justiça e será que Rex Tyler que vimos em Legends of Tomorrow vem de lá? Para os fãs de Jay Garrick e para os fãs da série original de Flash ver John Wesley neste fato do Flash foi uma satisfação.

Numa nota rápida, gostei de como as coisas ficaram entre Iris e Barry. Sabemos que no fim irão ficar juntos, mas os produtores não estão com pressa disso e vão desenvolvendo a relação deles com calma.

O final finalíssimo, numa palavra: Flashpoint! Quem tiver curiosidade pode ler a banda desenhada com esse mesmo nome ou pode ver o filme de animação da DC, Justice League: The Flashpoint Paradox (2013). Apesar de vencer Zoom, salvar a sua Terra e todas as outras, Barry sente na mesma que perdeu. O seu pai, Henry Allen, não está presente para festejar a vitória, o que a Speed Force lhe disse de que tudo ia correr bem não se cumpriu (ele perdeu a mãe e agora perdeu o pai), tudo isso aliado ao facto de ver o sósia do pai foi demasiado para Barry e levou-o a viajar no tempo e salvar a sua mãe da morte pelo Reverse Flash. As consequências disso? As possibilidades são tanto infinitas como emocionantes e poderemos pensar em todas elas no tempo que teremos de esperar até a série voltar. Será que tudo o que aconteceu na 1.ª e na 2.ª temporada vai deixar de ter efeito?

Factos nerd e interessantes:

  • Na lápide de Henry Allen podemos ver a data de nascimento como sendo em 1955, que é o mesmo ano de nascimento do ator John Wesley
  • “Um pulso para as destruir a todas”. Referência de Cisco a O Senhor do Anéis
  • “Destrói o Magnetar, salva o multiverso”. Referência a Heroes?

Este episódio foi para mim um dos melhores da série, respondendo a tantas perguntas como aquelas que levantou. Fica-se sempre com pena quando a temporada de uma das nossas séries favoritas acaba, por todo o tempo que tem de se esperar, mas quando termina tão bem como terminou The Flash até dá gosto esperar por mais episódios desta qualidade.

Obrigado a todos os que seguiram as reviews ao longo desta temporada e vemo-nos no final de setembro para mais uma aventura do homem mais rápido do mundo. Até lá, boas corridas!

Emanuel Candeias

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