The Flash – 04×15 – Enter Flashtime
| 08 Mar, 2018

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[Contém spoilers]

O tempo perguntou ao tempo…

Quando nos movemos a uma velocidade tão grande que o tempo parece não andar é irónico estarmos numa corrida contra esse mesmo tempo e, pior que isso, estarmos prestes a perder. “Enter Flashtime” como um episódio individual é dos melhores que a série já teve, sendo capaz de contar uma história aliciante e distinta apenas em 45 minutos. Facilmente entra para o top de episódios de The Flash.

Podemos destacar não só a qualidade do argumento, que permitiu aos três speedsters terem um papel ativo e um bom desenvolvimento das suas personagens, como também a qualidade da cinematografia esteve esplendorosa, tendo a viagem de Barry pela Speed Force sido um momento de nos deixar de boca aberta.

Este novo conceito de flastime é muito interessante e é algo completamente original, uma vez que não existe nos comics (será engraçado ver se no futuro também lá será introduzida esta ideia). Esta arma no arsenal dos speedtsers abre um vasto leque de possibilidades embora também possa ser considerada um pouco overpowered. Percebe-se porém que a ideia foi cuidadosamente pensada antes de ser aplicada, havendo um limite de tempo que um speedster consegue aguentar nesse estado e sendo esse tempo muito mais reduzido para alguém que não tem o corpo adaptado para se mover a velocidades inimagináveis. Outro aspeto interessante é que, apesar de muito mais lentamente, apercebemo-nos do tempo a passar. Barry, sendo o foco da história, destaca-se dos outros velocistas por aguentar mais tempo em flastime e principalmente por ser o único com a capacidade de pôr outros a mexerem-se à mesma velocidade que ele. Esta característica foi essencial para a forma como a história se desenvolveu e a maneira como ficámos envolvidos.

As várias tentativas para impedir a explosão da bomba foram batendo certo com as ideias que nós próprios como público íamos tendo. Quem é que não pensou logo: “Então, pá, o Cisco que mande a bomba para bem longe!” Pudemos assim ver os vários elementos da Team Flash a tentar dar a sua contribuição e destaca-se a tentativa de resolução com os Raios de Flash, Jesse Quick e Jay Garrick que teriam energia suficiente para anular a reação da bomba (pontos positivos também para a parte científica ao longo do episódio), não fosse a idade já começar a pesar em Garrick e ele atingir o seu limite mesma na hora H. No seguimento deste enredo, será que iremos conhecer num futuro breve o discípulo de Garrick a herdar o manto de Flash da Terra-3?

Seria impossível não referir a performance de Grant Gustin, que brilhou ainda mais neste episódio. As cenas entre Jesse e Harry foram bons momentos dramáticos, com destaque para a partilha de pensamentos em que Jesse pôde perceber melhor o impacto que a perda da mãe teve no pai. Mas o auge e melhor drama do episódio vai para a cena de Barry e Iris. O desespero de Barry era palpável à medida que lutava contra a exaustão só para ter mais um momento com Iris, tendo de escolher entre dizer adeus a Joe ou à mulher que ama. Mais uma vez, Iris é referida como o “lightning rod” de Barry e a sua importância é realçada como mais do que uma forma de trazer Barry de volta da Speed Force, mas também como a peça essencial para Barry desacelerar e ver os problemas de outra perspetiva, conseguindo assim os dois juntos achar uma solução para a iminente destruição da cidade e de todos nela.

As motivações dos terroristas foram vagamente referidas, mantendo uma aura de mistério em todo este caso. Não percebo bem porque estaria The Thinker por detrás deste plano e ainda bem que não se estenderam nessa vertente, pois acho que tiraria algum do brilho do episódio. A certo ponto até achei que fosse DeVoe que viesse intervir e salvar o dia, mas funcionou tudo melhor ao isolar-se da história principal e contando com a participação de John Wesley Shipp e Violett Beane como atores convidados.

E o que diriam a ser o Flash por um dia? No próximo episódio, “Run, Iris, Run”, é o que irá acontecer com Iris quando a Team Flash enfrenta mais um dos bus metas perseguidos por DeVoe. Irá este meta-humano durar tanto como Izzy e virar a nova cara do vilão? Até lá, boas corridas!

Emanuel Candeias

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