Arrow – 06×04 – Reversal
| 06 Nov, 2017

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[Contém spoilers]

Já imaginaram a vossa vida sem internet?

Parece que nesta temporada de Arrow andamos numa dança de dois passos para a frente e um passo para trás. O mais desapontante é que tendo sido este provavelmente o episódio de revelação do grande vilão para a temporada, tirando as boas notícias do ator escolhido, tudo o resto nos deixa dormentes e reticentes. Felizmente a série tem um grande número de personagens, permitindo explorar as suas histórias, porque as perspetivas para o enredo principal não são as mais favoráveis.

Black Siren, yay ou nay? A minha resposta é definitivamente nay e é frustrante que os produtores queiram forçosamente vender esta vilã sem se darem ao trabalho de para isso a desenvolver muito mais. O tempo de ecrã dado à personagem serve para metade do tempo estar a gritar e no restante estar a matar pessoas indiscriminadamente, a largar umas falas cliché ou a lembrar a algum membro da Team Arrow que não lhe podem fazer mal porque ela é parecida à Laurel deles. Se ela vai mesmo ser um dos elementos principais da equipa vilã é urgente que se foquem em torná-la mais interessante.

Helix, Alena e Cayden James são todos nomes que nos foram introduzidos na temporada passada num enredo secundário e bastante original que permitiu a Felicity ter um pouco mais de autonomia, mostrando a sua vertente mais rebelde e claro que sabíamos que eventualmente eles iam voltar e que a identidade de Cayden James iria ser revelada, mas a surpresa das surpresas é que aparentemente ele é a maior ameaça deste ano. Mas conseguirão os produtores vendê-lo como uma verdadeira ameaça? As boas notícias são que temos Michael Emerson (Person of Interest, Lost) a bordo e com ele é impossível as coisas não ficarem estimulantes. Porém, como se comprovou com o caso de Damien Darhk e Neal McDonough, um bom ator não chega para termos um vilão convincente. Todo o plano de acabar com a internet pareceu ilógico, fantasioso e demasiado fácil. Acredito e tenho esperanças que se esconda um excelente plano-mestre por detrás destas ações, mas até serem reveladas mais informações tudo isto soube a pouco. O positivo é que deixou o público cheio de perguntas. Que andou Cayden a fazer? Porquê e como salvou Black Siren? Terá sido ele a tramar Oliver (enviando a foto para o Canal 52), levando ao seu afastamento como Green Arrow? Terá o sítio escolhido para esconderijo de Cayden alguma coisa a ver com Malcom Merlyn ou foi só uma referência ao passado? Se bem se lembram, Corto Maltese foi o destino escolhido por Malcolm e Thea quando estes deixaram Starling City e, para além disso, quem leu os comics do Dark Archer sabe que Merlyn também esteve neste local para outra das suas aventuras na juventude.

Por outro lado, consigo facilmente ver Alena (Kacey Rohl) a juntar-se à nova empresa de Felicity e Curtis e dar algum apoio técnico extra de quando em vez. Só de uma vez já conseguiu arranjar um bom nome para a empresa: Helix Dynamics e também deu uma ideia viável para um dos produtos que eles podem criar. Irá a empresa ser também responsável por encontrar a cura para o problema de nervos de Diggle?

Outro problema no episódio de hoje foi o da passagem do tempo. Se têm preocupações com a velocidade dos corvos e das viagens de Varys em Game of Thrones, com certeza terão ficado com “comichão” com a rapidez com que Black Siren assassina três pessoas enquanto Felicity demora a chegar a casa.

No episódio anterior tivemos os papéis invertidos entre Oliver e Diggle e esta semana calha a vez a Felicity. Uma das razões pela qual os produtores estão de parabéns é por estarem a aguentar Oliver fora da equipa tanto tempo, mesmo assim arranjando forma de ele se enquadrar na história. Claro que quero que ele volte, e espero que em breve, mas até ao momento está a ser uma história bem contada. Esperemos que antes do seu regresso se foquem no seu ponto de vista de já não ser o Green Arrow e que também resolvam o problema com o FBI. Voltando ao papel de Oliver como apoio, gostei bastante da conversa dele com Diggle na semana passada e se com Felicity neste episódio não foi tão perfeita, compensou pela tentativa de salvamento na discoteca e pelo apoio técnico que lhe deu durante o salvamento da internet. O romance entre os dois continua a evoluir sem ser empurrado ou roubando demasiado tempo de antena.

E que tal o grito da Black Siren a destruir a seta disparada pela Green Monster? Pessoalmente, não gosto muito da ação mostrada pela câmara em constante movimento, pois parece-me que fica confuso, mas, opiniões à parte, este é um ponto em que, em todos os episódios, se nota que há uma preocupação em agradar ao público.

O regresso de Slade Wilson no próximo episódio, cujo título é bem explicativo, “Deathstroke Returns”, promete agitar bem as coisas. Esperemos que o regresso de uma das personagens favoritas da série lhe dê um impulso positivo. Será que iremos conhecer o filho perdido de Slade? Até lá, salvem as vossas cidades!

Emanuel Candeias

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