Arrow – 04×21 – Monument Point
| 16 Mai, 2016

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O destino do mundo está nas mãos de uma rapariga informática, um criminoso e dois gajos em fatos de Halloween.

Arrow passou oficialmente a ser um fenómeno global. De uma ameaça de destruição de um bairro da cidade (The Glades) em 2013, para uma dupla potencial destruição de toda a cidade em 2014 e 2015 (e que depois do incidente com o Alpha-Omega vírus foi renomeada de Starling City para Star City), desta vez o que está em jogo é o Mundo e uma aniquilação nuclear.

O episódio foi repleto de grandes cenas de ação, um pacote de vilões e onde as apostas estiveram altíssimas, tendo a “vitória” sido assegurada à custa da morte de milhares.

No entanto, nem tudo foram rosas, tivemos o bom, o menos bom e o mau. Comecemos pelo pior e depois vamos subindo por aí acima… As cenas com Donna foram simplesmente terríveis e ilógicas. Só me apetecia esganar a mãe da Felicity! Quem é que aqui duvida que as atitudes de Quentin foram nada menos que heroicas? E que apesar de ter errado, já pagou mais do que suficiente por isso, nomeadamente com a morte da filha? Ai não, vamos obrigá-lo a dizer a verdade – que nunca foi tão sobrestimada como aqui – para perder assim o seu lugar na polícia e o pouco sentido que lhe restou na vida. Vou tentar esquecer que isso alguma vez aconteceu. E cá está o que acontece quando se revela a identidade de uma super-heroína. Já agora para não ser só a Donna a arcar com as culpas, bem jogado, Oliver!

O menos bom, o plot de Thea e Anarky. Foi estimulante ver Anarky de regresso para a sua vingança contra Darkh e o seu plano de matar toda a gente dentro da cúpula. Foi interessante a afirmação dele de que Thea é muito dependente de outros homens e que devia usar mais o seu próprio poder – em vez de se revoltar e tentar fugir ou sabotar os planos de H.I.V.E. – e Thea limitou-se a seguir o plano de Malcolm e a perguntar incessantemente por Alex. O que já não bateu muito certo foi esta ligação que nos tentam vender entre Anarky e Thea. Foi pouco desenvolvida para ser muito credível (e ele a chamar-lhe Mommy é arrepiante, no mau sentido). A morte de Alex, no fundo, não teve impacto nenhum porque, sejamos sinceros, ninguém quer saber dele, e nem nunca nos foi mostrado Thea a investir grande coisa nessa relação.

Além disso, como pequeno pormenor, gostei bastante das cenas de ação, mas eram escusadas tantas piruetas por parte do Green Arrow. Uma ou duas está bem, mas não é preciso uma dúzia. Se bem que no geral as cenas de ação foram espetaculares, muito graças ao diretor Kevin Tancharoen, tendo participado em vários episódios de The Flash e Agents of S.H.I.E.L.D. Por exemplo, Oliver a lutar contra os seguranças nas escadas da Palmer Tech foi muito bom (o detalhe de vermos cenas de luta à luz do dia e Oliver não usar o seu fato foram brilhantes), assim como o confronto com Brick e Murmur, Lyla e a A.R.G.U.S. a estarem presentes e ainda Thea vs. Anarky + o seu bastão.

O bom: bem, foi tudo o resto e que, felizmente, foi a maior parte do episódio. Para além de Lonnie Machin/Anarky estar de volta, tivemos também Noah Kuttler/The Calculator, Brick (devido ao carisma do ator, é sempre engraçado ver Vinnie Jones no papel do vilão) e Murmur, ou seja, uma data de vilões para lidar em menos de uma hora. Apesar de não ser tarefa fácil, foi conseguida com sucesso pelos produtores. E é surpreendente, nesta reta final, o grande vilão só ter aparecido brevemente no episódio, o que nos deixou com a curiosidade bem aguçada para o confronto final entre Green Arrow vs. Darkh.

A dupla de Felicity e Noah foi hilariante de se ver a trabalhar em conjunto. Principalmente tendo esta perdido o seu emprego na Palmer Tech e tido que ajudar o pai a assaltar um super-computador da sua antiga empresa (antiga como quem diz, há uma hora atrás). Noah mostrou-se mais sentimental do que o costume e no final salvou Felicity de uma bala e tudo, mas será que não tem nenhumas segundas intenções? Não irá, no fim, desaparecer levando qualquer coisa de valor? Para além da relação com o pai, vimos também Felicity com a sua mãe. E estes momentos permitiram explorar a dinâmica familiar que caracteriza uma das bases de Arrow, simultaneamente dando-nos momentos de interação e crescimento das personagens. Felicity esteve em foco esta semana, sendo obrigada a tomar uma das decisões mais difíceis que vimos na série: salvar milhões à custa de milhares. A dimensão de terem conseguido salvar o mundo da aniquilação, mas mesmo assim ter havido mortes é a demonstração de uma sólida escrita e construção de história, cujas consequências de certeza serão exploradas no futuro (Haven Rock e Bludhaven – cidade fictícia do universo da DC que a certo ponto foi destruída por uma bomba química – terão alguma relação?).

Woow, com tanta morte, isto quer dizer que o poder de combate de Darkh “It’s over 9000!”. O novo truque da magia de luz de Oliver não será suficiente para parar este overpowered vilão.

Apesar de terem outras pessoas a ajudá-los e tudo, houve uma sensação nostálgica de ver a Team Arrow original de volta à ação. Oliver, Diggle e Felicity contra o mundo. Digam o que disserem da qualidade atual da série, este episódio fez, em muitos pontos, lembrar a 1.ª temporada.

Flashbacks: deram-nos a perceber um bocado melhor como funcionam os poderes do ídolo de Darkh e revelaram Taiana a ser possuída, talvez, por um espírito maligno? Não sei bem o que foi, mas cheira-me que Oliver vai sair da ilha sozinho.

E o penúltimo episódio de Arrow, “Lost in the Flood”, vai-nos mostrar Oliver e Diggle a tentar resgatar Thea, enquanto Felicity, Noah e Curtis vão tentar parar Darkh. Perguntei-me porque não tentaram pedir ajuda a Curtis neste episódio. Depois de parecer que ele se ia juntar à Team Arrow e até substituir Felicity como Overwatch, simplesmente desapareceu de repente. Espero que nos seja revelado o porquê no próximo episódio (talvez influência do marido?)

Até lá, salvem a vossa cidade.

Emanuel Candeias

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