The Flash – 02×17 – Flash Back
| 01 Abr, 2016

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Têm o chocolate à mão? É que os Dementors estão em Central City!

Esta semana The Flash entrou em completo modo de Time Travel. Com conceitos de nos fazer doer a cabeça, re-despedidas a velhas personagens, os perigos deste tipo de viagem e as consequências de mexer na linha do tempo.

Após o falhanço de aumentar a sua velocidade através de treinos, simulações, cálculos e equações, Barry decide fazer a única coisa que lhe resta, pedir conselhos a um velocista mais experiente. O problema? Primeiro, esse velocista é o sociopata que lhe matou a mãe e o quer destruir a todo o custo – Eobard Thawne a.k.a. Reverse Flash – e a segunda pequenina dificuldade é que, para lhe pedir ajuda, Barry tem que voltar atrás no tempo. Há planos à prova de bala, e há planos, como neste caso, em que se vai com uma mão à frente e outra atrás, rezando para que tudo corra pelo melhor. Contra os conselhos de Dr. Wells, Barry decide então viajar para o passado.

Esta é a primeira vez que Barry decide viajar no tempo de maneira planeada e com um claro objetivo em mente e, apesar de todos sabermos que as viagens no tempo são complicadas e com consequências imprevisíveis, foi muito porreiro ver a preparação da Team Flash para reduzir esse problemas. Começando por escolher a altura ideal, que levantasse menos suspeitas para o Reverse Flash, e também arranjar maneira de tirar o Barry do passado de cena, mas sem interferir muito com a linha temporal. Apreciei muito o facto de o Barry do passado não ir abaixo sem dar um bocado de luta – Flash vs. Flash: fight! – e gostei ainda mais do facto da injeção que Caitlin arranjou perder o efeito antes do tempo esperado (o rápido metabolismo de Barry não é coisa fácil de lidar, como vimos na altura em que Cisco e Caitlin tentaram arranjar uma bebida alcoólica para embebedar Barry e esta só durou uns minutos).

Barry volta assim para os acontecimentos envolvendo Hartley Rathaway a.k.a. Pied Piper e rever como eram as coisas na 1.ª temporada foi muito bom e nostálgico. Pudemos rever Eddie Thawne e, apesar do seu papel no episódio não ter sido muito relevante, tivemos um momento carinhoso com o seu vídeo de despedida a Iris.  Rick Cosnett lembrou-nos a todos o porquê de gostarmos da personagem de Eddie, com o seu carisma único, sendo corajoso e bondoso – o grande herói da 1.ª temporada.

Após facilmente derrotar e prender Hartley, Barry impede ainda a futura fuga deste, que tinha acontecido na sua linha temporal. Começamos já a ver as ondas da pedra a ser lançada ao rio e o que isto poderá mudar. É engraçado como neste episódio Barry é o herói, mas ao mesmo tempo o “vilão”, ou digamos antes, o inimigo dele mesmo. Com a sua arrogância e inexperiência, Barry inicia uma cadeia de eventos que ainda não se sabe como se vão desenrolar. Para além disto, o plano de enganar Well/Thawne/Reverse Flash (vou-me só referir a ele como Reverse Flash) de modo a ele o ajudar a completar a equação do melhoramento da velocidade foi completamente pelo cano abaixo.

Reverse Flash é um vilão muito perspicaz. Num instante, apercebe-se que este Barry não é desta linha temporal, mas sim do futuro (repararam nele a fingir que se ia levantar da cadeira de rodas só para analisar a reação de Barry?). Barry é então rapidamente dominado e preso pelo Reverse Flash e o conflito entre os dois foi sem dúvida o ponto alto do episódio. O conhecimento e a experiência do Reverse estão num nível completamente diferente; o raciocínio dele a aperceber-se de que se o Barry do futuro estava ali era porque ele tinha falhado e que, se ele era do futuro, podia matá-lo, sem problemas de interferir nos seus planos… um verdadeiro génio do mal. Barry, por seu lado, e apesar das suas falhas, conseguiu bem dar a volta e manipular o Reverse de forma a dar-lhe as informações que ele queria, mas sem revelar demasiado e a conseguir obter a ajuda de que foi à procura.

Tom Cavanagh merece, não uma, mas duas salvas de palmas pela sua versatilidade e pelo modo extraordinário como dá vida às suas personagens.

No meio desta confusão toda, tivemos ainda mais uma consequência da viagem temporal de Barry, que foi a perseguição do Time Wraith (e a confirmação para o Reverse Flash de que Barry viajou no tempo). Sim, como Cisco refere, parece tal e qual um Dementor tirado do universo de Harry Potter (se calhar foi atrás de Hartley, com aqueles óculos e tudo, ele parece primo do Harry Potter), mas também podemos ver semelhanças com o próprio Flash, de certa maneira parece um Black Flash (personagem que talvez venhamos a conhecer no futuro da série). Para os whovians do mundo, este Time Wraith e as razões para ele estar atrás de Barry, que anda a mexer na linha do tempo, relembram em tudo os espectros de Doctor Who. A questão aqui é, estes Time Wraith só aparecem aos velocistas ou a todos os viajantes do tempo? Qual o papel dos Time Masters no controlo das influências dos velocistas no tempo? Teria sido uma óptima oportunidade para fazer uma ligação entre The Flash e Legends of Tomorrow.

A interacção entre Barry, Cisco e Barry trouxe uma lufada de humor num episódio muito tenso e técnico. Cisco a tentar perceber qual o verdadeiro Barry, enquanto que o Barry do passado se maravilhava com os poderes que ainda não possui, foi hilariante.

Quando Barry regressa ao seu tempo, apesar de no final ter tido sucesso e ter conseguido completar a equação para aumentar a sua velocidade, as consequências desta viagem ainda estão por descobrir. Hartley parece agora estar do lado da Team Flash e isso foi uma boa mudança (também nos comics Hartley é reformado e ajuda o Flash em várias ocasiões, assim como tem uma relação de amizade com Wally West). No entanto, de certeza que as coisas não ficam por aqui. Mais alguém estava à espera que Eddie aparecesse a qualquer momento quando Iris estava a ver o álbum de fotografias? E será que uma das mudanças não terá sido o Reverse Flash não ter sido derrotado e continuar vivo? Penso que no próximo episódio Barry começará a descobrir aquilo que mudou.

Outros factos interessantes:

  • Na equação de velocidade que Barry consegue do Reverse Flash podemos ver a fórmula clássica da Golden Age que deu os poderes de velocidade a Jesse Quick: 3×2(9yz)4A
  • Cisco chama ao Time Wraith de “Inky.” Estando a referir-se aos fantasmas do famoso jogo do Pac-Man: Inky, Blinky, Pinky e Clyde.

 O episódio foi uma verdadeira aventura do princípio ao fim e ao acabar de escrever esta review só me apetece ir rever o episódio. A pior coisa nesta semana é o facto de o próximo episódio ser só daqui a três semanas. Três semanas!!! Nãoooo. Vai ser penoso esperar, mas com episódios como este vale a pena. Até lá, umas boas corridas!

Emanuel Candeias

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