Outlander – 02×05 – Untimely Resurrection
| 09 Mai, 2016

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Estamos de volta esta semana com mais um episódio repleto de glamour, surpresa e intriga. O casal Fraser está ainda abalado pelos eventos do episódio anterior, sendo que Jamie precisa de se encontrar com o Duque de Sandringham para que o seu plano tenha progresso e Claire visita Mary Hawkins após a horripilante violação. Apesar das feridas físicas e psicológicas, Claire precisa de intervir na possível relação de Mary e Alex Randall, que poderá pôr em perigo a linhagem de Frank. E, num dia na corte francesa, o casal recebe uma inesperada (e terrível) visita.

Embora “Untimely Resurrection” não seja um capítulo magnífico, certamente é um que continua a primar pela explosiva equipa técnica da série, em especial o guarda-roupa e a fotografia. O argumento é leve e sem grandes complicações, focando-se essencialmente nos planos de Jamie e na narração de Claire dos seus dilemas interiores. É precisamente perto do final que temos a grande e mais ansiada surpresa até então. Uma entrada triunfante e que causa arrepios na espinha a qualquer fã que se preze.

A realização foca precisamente o poder dos olhares e os rostos sempre em constante transformação dos protagonistas, com recurso a planos de câmara exemplares e dignos da grandiosidade da série, bem como procura ser paradoxal na abordagem do romance e dos infortúnios a ele associados. “Untimely Resurrection” continua, portanto, a apalpar terreno e a progredir com a narrativa para que se chegue a um clímax inesperado e que certamente não nos irá desiludir.

Há também uma particularidade interessante que vai sendo jogada de forma exímia, que consiste na ambiguidade de Claire em alterar o rumo do passado em função daquilo que pensa ser o correto e, nisto, falo da tentativa de evitar a revolta jacobita e a de preservar a integridade do ainda vivo Jack Randall para que a linhagem de Frank não se altere. A narração e a performance de Caitriona Balfe contribuem para que este paradoxo funcione e vá mexendo com o público, provocando também em nós uma sensação ambígua. O que é realmente correto? Será que Jamie merece vingar-se do que Randall lhe fez? Terá Frank ainda uma importância grande para Claire? Quais serão as melhores opções a tomar?

É na forma como dá resposta a estas perguntas que Outlander continua a brilhar e a afirmar-se como uma série poderosa e humana, ainda que pintada em tons fantasiosos.

Jorge Lestre

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