Empire – 02×11 – Death Will Have His Day
| 01 Abr, 2016

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A série mais famosa do momento está de volta e traz consigo novos enredos para tornar a vida dos Lyons um pouco mais emocionante do que o costume. Rhonda está ferida e quase inconsciente depois do seu “acidente” nas escadas e a sua gravidez está em risco; já Lucious recusa-se a sair de Empire depois de Camilla assumir a liderança e Cookie faz uma visita ao seu filho Hakeem com o objetivo de o disciplinar (pequeno spoiler: quem tinha saudades de uma certa vassoura agressiva, vai ficar feliz com o seu breve cameo), mas assim que sabem o que aconteceu a Rhonda, o cenário muda de figura e a família vai-se abaixo.

A fórmula característica da série, com twists frequentes e enredo intercalado com música, está lá, mas este regresso não é, de todo, genial. Empire continua a ceder às fragilidades da sua história, na medida em que continua a abusar de alguns clichés sem uma credibilidade dramática forte. Se as catch phrases improvisadas de Taraji P. Henson continuam a ser o melhor que a série tem para oferecer, então as restantes personagens acabam por cair num ciclo vicioso. Há, claro, momentos deliciosos de cumplicidade familiar, mas as constantes perdas e reconquistas da empresa acabam por ser repetitivas e sem grandes surpresas, prejudicando a coerência lógica de certas situações.

Apesar destes altos e baixos – com uma presença mais abundante nesta 2.ª temporada – Empire continua a manter o seu nível de sucesso, com cenários sumptuosos e guarda-roupa caprichado (tão extravagante que às vezes se torna ridículo – veja-se o fato de Hakeem), mas é na performance absolutamente vertiginosa de Taraji que o espectador não consegue deixar de se apaixonar por cada plano em que a atriz surge.

Há também uma pequena conversa entre a mamã Lyon e o filho Jamal que é particularmente interessante, na medida em que explora uma visão abrangente da sexualidade e do preconceito a ela associada. Mas, de resto, a história toma proporções banais: desde um sofrido Andre, a um Hakeem em constante revolta, a um Lucious sedento de poder, a uma nova Camilla (uma Naomi Campbell pouco convincente) feroz, aos previsíveis arrufos amorosos e a uma certa e incompreensível “compaixão” para com o patriarca. Incompreensível, porque Lucious é um vilão que nunca descarta a sua faceta maliciosa e, no entanto, quase toda a família sente pena por este ter saído do trono, ainda que estivessem a torcer inúmeras vezes para que o mesmo acontecesse. Já para não falar de um “mistério” em volta da situação de Rhonda e de falsa sinceridade de Annika, que é o mesmo que comermos um bolo de chocolate e ficarmos com a cara suja e não admitirmos o que fizemos. É uma comparação simples, mas o espectador sente que não é suficientemente convincente a performance da atriz para nos causar qualquer perplexidade ou dúvida.

A componente musical também não esteve no seu melhor, aliás, os temas são repetitivos e pouco melódicos, inadequados às situações e de ritmo semelhante uns aos outros. Timbaland já fez e consegue fazer melhor.

Para terminar, mesmo que este regresso tenha sido menos bom ou não tão bom quanto esperado, não significa que a série não consiga superar. Já o fez e continuou a apostar no desenvolvimento das suas personagens e que, certamente, ainda têm muito de novo para nos mostrar. Ainda assim, é impossível não nos rendermos aos ‘Cookie moments’ e esboçar um sorriso por todo o desdém com que esta trata todos à sua volta.

Jorge Lestre

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