Arrow – 04×08 – Legends of Yesterday
| 05 Dez, 2015

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O meu nome é sacerdotisa Chay-ara e depois de 4.000 anos…

E a 2.ª parte do tão esperado crossover entre Arrow e The Flash está aqui. Depois de um começo um pouco acidentado em “Legends of Today”, em que o episódio foi bom, mas sofreu com um ritmo e um focus instáveis (sem contar com toda a gente a revelar as suas identidades secretas a torto e a direito), esta semana o crossover conseguiu atingir todas a notas certas, e que grande episódio que foi! Sendo Arrow transmitido após The Flash é normal que nestes crossovers, tal como já aconteceu o ano passado, a conclusão na 2.ª parte seja mais forte do que a 1.ª parte, que serve mais para estabelecer o enredo.

O flashback para o Egito antigo foi muito porreiro e ajudou a perceber a história de origem, de amor e de luta eterna de Hawkgirl e Hawkman contra Vandal Savage. Cada vez mais heróis da DC Comics são apresentados pela CW e começamos a ter um verdadeiro universo de heróis estabelecido e bastante apelativo. Casper Crump e Falk Hentschel já me tinham convencido nos seus papeis de Vandal e Carter, respetivamente, e apesar de reservar algumas dúvidas quanto a Ciara Renée, neste episódio ela mostrou ter sido a escolha acertada para o papel de Hawkgirl.

Já estávamos à espera que Kendra e Cisco terminassem, no entanto, depois do bom desenvolvimento da relação que fomos vendo em The Flash, esse momento teve na mesma um certo gosto amargo. A consolação foi o papel de Cisco em fazer com que Kendra conseguisse aceder aos seus poderes, quando a abordagem mais agressiva de Carter, virada para os sentimentos de raiva, falhou. Cisco está fora da vida de Kendra (e penso que para sempre, pelo menos em termos amorosos), mas com o suposto final de Vandal ter sido diferente do das outras 206 vezes, e também de acordo com as ideias introduzidas pelo escritor da DC Comics, Geoff Johns, será que o romance entre Hawkman e Hawkgirl acontecerá desta vez?

Grande episódio para Oliver também (e para a interpretação de Stephen Amell nos momentos mais emotivos do nosso herói. Vimos um lado mais frágil de Oliver que não é muito comum). Nenhum herói está a salvo dos seus problemas pessoais interferirem nas suas batalhas e neste episódio vemos o que isso pode provocar (completa desintegração!). Nós sabemos que a razão para Oliver estar com a cabeça fora do jogo é devido à criança que vimos antes, e após um teste de ADN lá se confirma que temos um “Arrow Junior”. No entanto, a mãe da criança, após aceitar que Oliver tenha uma relação com William, não quer que ele conte isso a ninguém. Um aparte, porque é que a mãe aceitou o cheque de Moira Queen e não o usou, mas também não contou nada a Oliver? Felicity descobre toda a situação (de forma um pouco conveniente de mais, parece que foi um bocado desleixo na escrita do argumento) e confronta Oliver. Bem, normalmente Felicity até tem razão e Oliver tem tendência a guardar demasiados segredos, mas desta vez acho que Felicity foi no mínimo apressada e até mesmo infantil. “Se me amasses partilhavas tudo comigo” e querer logo terminar tudo com Oliver… Felicity, acalma os cavalos. Como Oliver disse, o mundo dele acabou de ser virado de pernas para o ar, ele ainda nem teve tempo de processar as coisas individualmente quanto mais partilhar o que se está a passar. Acho que se Felicity deixasse, ele teria mais tarde partilhado isso com ela. Ou achava isto, se não fosse pela cena final de quando eles chegam a casa e Oliver está para contar tudo a Felicity, mas ela interrompe-o, e no fim ele não conta nada! Que raio se passou ali?! Será que ele se esqueceu ou não vai mesmo contar? Não aprendeu nada com o que Barry lhe disse? Outro aparte, o quão brutal foi ver Oliver e o filho a brincarem com os bonecos do Flash e do Captain Cold? E que acham da teoria de que pode ser William que está a ser enterrado na cena do funeral?

As viagens no tempo continuam a ser demais! Embora não perceba como Barry pode ser mais lento que Zoom, mas mesmo assim viajar no tempo… isso quer dizer que Zoom também pode viajar no tempo? (algo para divagar no futuro). Na primeira tentativa de derrotarem Vandal, com Oliver a pensar na discussão com Felicity, Kendra sem poder usar os seus poderes, as luvas para agarrar no cetro de Hórus a não funcionarem e Oliver a não confiar no resto da sua equipa para também ajudarem, o final só podia ser desastroso. E vê-se mesmo que estamos num episódio de Arrow e não de The Flash, com um tom bem mais sombrio, quando toda a gente morre! A cidade inteira! Oliver morre, Carter e Kendra morrem, Laurel morre, Felicity morre e, apesar de Barry conseguir voltar atrás no tempo para mudar isso, aquelas visões ainda me dão arrepios.

Barry regressa no tempo para o ponto da reunião que Malcom Merlyn marcou com Vandal. Vandal neste episódio mostra que é um vilão a temer, leva com uma seta do Green Arrow como se fosse uma picada de mosquito e ameaça destruir toda a gente na cidade se não lhe entregarem os Hawks. O que me deixou intrigado foi ele ter referido que ensinou Robin de Locksley e antes já ter dito que também ensinou Houdini. Que vilão é que anda para aí a ensinar gajos que são bons? Será Vandal assim tão mau ou há algo na história que nos está a escapar? Graças à viagem no tempo, Barry conta a Oliver sobre a derrota que sofreram e então eles conseguem mudar as coisas para lhes dar uma maior hipótese (Oliver tem uma melhor atitude com a descoberta de ser pai e não discute com Felicity, Cisco consegue pôr as luvas a funcionar, Kendra desperta os seus poderes e a Team Arrow junta-se à batalha).

E assim chegamos à parte da luta, que também esteve muito boa. As duas equipas, mais o Hawkman e a Hakwgirl, conseguiram coordenar-se bem (na 2.ª tentativa) contra Vandal e foi uma batalha mesmo ao género dos quadradinhos das BD’s, terminando desta vez com o vilão, e não os bons, feito em cinzas. A sensação de poder do cetro de Hórus foi bem transmitida, assim como os poderes dos Hawk. O Green Arrow é que tem que começar a usar setas com mais funções, como já o começámos a ver a usar, porque as setas normais têm-se revelado bastante inúteis contra os vilões que têm aparecido.

Temos ainda a intrigante relação de Malcolm e Vandal. No fim da batalha, Malcolm recolhe as cinzas de Vandal, mas para quê? Será que Malcolm não sabia de início mais sobre Vandal do que contou? Sabemos que Vandal será o vilão principal de Legends of Tomorrow, mas teremos um Vandal do passado ou um ressuscitado por Malcolm (quando pomos viagens no tempo à mistura com imortais e ressurreição, como diria Cisco, “mas que dor de cabeça”)? E como agora é que o Poço de Lázaro foi destruído? Ou irá por outro lado Malcolm tentar usar as cinzas para arranjar uma cura para a bloodlust de Thea?

Como últimos pontos: a referência de Thea ao filme dos Avengers: Age of Ultron quando diz “um monte de super-heróis reunidos numa fazenda, acho que já vi isto num filme”; a cassete que Diggle encontra é do ano de 1975, ano que sabemos que fará parte do Legends of Tomorrow; e que ameaça irá Vandal desta vez apresentar em Legends of Tomorrow para juntar uma equipa de heróis tão grande (não foi fácil derrotá-lo desta vez, mas estou curioso para saber como ele ficou aparentemente tão mais poderoso)?

O crossover está finalizado, a preparação para Legends of Tomorrow também, ficamos à espera do próximo episódio de Arrow, que será o winter finale.

Emanuel Candeias

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