The Walking Dead – 09×05 – What Comes After
| 08 Nov, 2018

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Contém spoilers!

I found them.

E assim terminou a era de Rick Grimes. Que era! Foram quase 9 anos de aventuras, de altos e baixos, de risos e de lágrimas, de surpresa e alguma frustração também. Rick Grimes foi e vai continuar a ser a cara de The Walking Dead, disso não há dúvida. Vai ser impossível esquecermo-nos de uma personagem tão marcante, tal como aconteceu com Glenn e com Carl. Tanto um como outro vêm-me à memória em todos os episódios e com Rick será igual.

What Comes After não poderia ter sido um melhor episódio de despedida. Todo o seu desenvolvimento girou em torno de engrandecimento de Rick e mostrar como ele foi o fio condutor de toda a história, mesmo com a grande ajuda de todas as outras personagens. Sem Rick não estaríamos aqui. Não haveria Alexandria, Hilltop, Kingdom e Oceanside unidos e a prosperar (por enquanto) naquilo que é uma cenário de morte e devastação.

Para mim, o episódio foi muito bem construído e acho que é um dos melhores da série. Sempre com o foco em Rick, intercalou, no entanto, muito bem as cenas com Jadis (que, de certeza forma, nos deu logo um piscar de olhos em como aquele seria um escape para a sobrevivência de Rick) e com Maggie e Negan. Fez todo o sentido o derradeiro confronto de Maggie com o assassino de Glenn ter acontecido neste episódio. Afinal de contas, se pensarmos bem, foi devido a Maggie pôr em prática o seu plano para matar Negan que Rick caiu do cavalo e aterrou naquele ferro.

Para ser sincera, estava à espera que a vingança se realizasse. Queria mesmo ver Negan morrer e sofrer às mãos de Maggie. E, tal como esta disse, se tivesse sido Rick a morrer Michonne não teria ficado quieta. Logo, porquê pedir isso a Maggie? Acho que Negan deveria ter morrido debaixo daquela árvore tal como era suposto, mas já que não aconteceu então que tivesse sido agora! Percebo que ele ainda vá ter alguma coisa a dizer nos acontecimentos futuros da temporada, mas vê-lo acabado psicologicamente e a chorar não me chega.

Negan à parte, foi tão bom e tão triste rever Hershel! Bom porque foi uma personagem muito querida e que não merecia nada o fim que teve, e triste porque sabemos que o ator, Scott Wilson, morreu recentemente. Parece que foi tudo combinado. Hershel aparece para guiar Rick naquilo que, aparentemente, é o caminho para a morte e o ator morre no dia em que a temporada estreia. Não sei se as coincidências existem ou não, mas que este é um grande acaso é.

Gostei igualmente de rever Shane e Sasha, mais o primeiro do que a segunda. Realmente acho que Rick necessitava deste “reencontro” para finalizar aquela história que, para nós, aconteceu há uma eternidade atrás, mas que na temporalidade da série não foi assim há tanto tempo. Ainda se lembravam que Judith não é filha de Rick e sim de Shane? Por acaso foi um pormenor do qual nunca me esqueci e que sempre me fez gostar ainda mais de Rick. Criar a filha do amante da mulher, que o seu filho teve de retirar da barriga da mãe e a seguir matar é dose. Apesar de a personagem de Jon Bernthal ter acabado numa má nota foi bom revê-lo. Já Sasha, honestamente não percebo muito bem o porquê de a terem escolhido. Acho que teria feito muito mais sentido colocarem Glenn.

E o que dizer da explosão na ponte? Acho que o que posso dizer é que é, sem dúvida, um dos maiores plot twists de que me lembro. Já há muito que isto não acontecia em TWD e tenho a dizer que gostei bastante. Depois de deitar umas lágrimas pelo grande Rick Grimes perceber que afinal não morreu foi obra! Adorei! Foi super triste a reação daqueles mais próximos de Rick, nomeadamente Daryl, Michonne, Maggie e Carol. Daryl em especial deu-me tanta pena! Estavam juntos desde o início e consideravam-se já irmãos. Provavelmente nunca vão descobrir que Rick afinal está vivo e nós vamos levar mais tempo para perceber quem são estas pessoas no helicóptero, porque a pessoa com as respostas abalou nele. Oh, well.

Tenho que dar os parabéns a Andrew Lincoln pela fantástica interpretação desta personagem que chegou a tanta gente no mundo inteiro e durante tantos anos. Sei que estará presente nos filmes encomendados pela AMC, mas não será a mesma coisa. O seu contributo à série é incalculável  e sem ele não seria a mesma coisa. Não será a mesma coisa, tenho a certeza. Mas espero que, a partir de agora, The Walking Dead mostre verdadeiramente uma evolução positiva visível, até porque a série vai saltar no tempo 5 anos.

Penso que este salto temporal tem tudo para correr bem. Mudanças radicais de temporalidade dão espaço para pôr em jogo boas cartas e esperemos que os produtores e showrunners as joguem da melhor forma. Pelo fim do episódio pareceu-me que a próxima storyline será bastante interessante até porque teremos a “Judith, Judith Grimes” como um pequeno mix de Rick, Carl e Michonne com a espada, a pistola e o chapéu.

Adeus e até sempre Rick Grimes.

Beatriz Caetano

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